Seu culto
Conforme se percebe nas alusões de Homero, o culto de Apolo já estava firmemente estabelecido antes do começo dos registros escritos na Grécia, mas as evidências arqueológicas só aparecem no tempo do mesmo Homero.
Conforme se percebe nas alusões de Homero, o culto de Apolo já estava firmemente estabelecido antes do começo dos registros escritos na Grécia, mas as evidências arqueológicas só aparecem no tempo do mesmo Homero.
Seus dois santuários maiores, Delfos e Delos, eram dos mais influentes da antiga Grécia. Também era cultuado de forma importante em Atenas, Dídima, Claros, Knossos e Abas. Outros santuários havia em Egina, Quios, Mileto, Oropos, Hierápolis Bambyce, Corinto, Bassae, Patara, Segesta e vários outros lugares, assumindo a presidência de quase todos os oráculos da Grécia, do qual o de Delfos foi o mais célebre.
Música, dança, divinação, procissões, sacrifícios e rituais purificatórios tinham parte central em seu culto em todos os lugares, e o hino dedicado especialmente a Apolo era o peã, mas as formas específicas variavam de acordo com o local e suas associações com alguma faceta especial do deus, e com a época do ano, e não se pode imaginar um sistema homogêneo, considerando a extensão do período histórico em que foi cultuado, a vasta região que abrangeu e os vários sincretismos que sua imagem sofreu.
Há relatos desde grandes festivais pan-helênicos até oferendas simples de indivíduos, e adiante são citadas algumas festas e ritos a título de exemplo. Apesar de a lenda dizer que seu primeiro local de culto foi Delos, a ilha onde nascera, achados arqueológicos sugerem que o mais antigo templo de Apolo possivelmente foi construído em Naxos, no final do século VII a.C., uma estrutura relativamente simples, mas que possuía uma estátua de culto do deus de dimensões colossais, com cerca de seis metros de altura, que se preservou de forma fragmentária.
Delos
Delos
Somente no final do século VI a.C. os gregos dominaram Delos, e então ergueram ali um santuário para Apolo que veio a adquirir grande importância, também em virtude da condição da ilha de sede da Liga de Delos.
Em 426 a.C. os gregos consagraram toda a ilha ao culto, e por causa do seu caráter sagrado, nascimentos e mortes eram proibidos, e todas as gestantes perto de darem à luz e doentes graves deviam abandoná-la.
Também reconstruíram e ampliaram o templo primitivo e instituíram um grande festival para Apolo que reunia as cidades da Liga a cada quatro anos, e outro a cada seis anos. Anualmente os membros da Liga enviavam para Delos um coro de quatorze jovens num navio consagrado, que reconstituía a chegada mítica de Teseu à ilha de Creta para matar o Minotauro, acompanhado dos sete mancebos e sete virgens enviados em sacrifício.
Segundo a tradição, os jovens haviam prometido, se Teseu derrotasse o monstro e eles sobrevivessem, que enviariam todos os anos um navio-oferenda para perpetuar a memória da façanha. As famílias que se diziam seus descendentes mantiveram o costume, e era uma cerimônia cercada de grande sacralidade.
Desde a partida do navio, após a bênção solene do sacerdote de Apolo, até seu retorno, as execuções eram proibidas. O Apolo Delios se tornou muito venerado em Atenas, ao lado do Apolo Pítio. Ao longo do domínio helenista seu prestígio permaneceu e mesmo cresceu, chegando ao seu pico em torno do século II a.C., mas em 69 a.C. a ilha foi devastada pelas tropas do rei do Ponto.
Atenas
Segundo Demóstenes, Atenas tinha Apolo Pítio como seu ancestral, e ali ele foi sempre cultuado. Um dos festivais mais conhecidos era o da Thargelia, celebrado em Atenas e cidades gregas da Ásia no mês de Targelion, maio.
Atenas
Segundo Demóstenes, Atenas tinha Apolo Pítio como seu ancestral, e ali ele foi sempre cultuado. Um dos festivais mais conhecidos era o da Thargelia, celebrado em Atenas e cidades gregas da Ásia no mês de Targelion, maio.
Era basicamente um rito purificatório, às vezes combinado a ritos de fertilidade celebrando as colheitas. Iniciava com a escolha de duas pessoas, que serviriam de bodes expiatórios para a coletividade, os pharmakoi, que seriam banidos para sempre, e era necessário que eles oferecessem a si mesmos voluntariamente.
Apesar do sacrifício que isso envolvia, os pharmakoi não ganhavam nenhum respeito da população, ao contrário, eram tratados da forma mais indigna. Recebiam colares de figos secos e eram a seguir expulsos da cidade com pancadas de ramos de figueira, acreditando-se que carregariam com eles todo o mal de lá.
Contudo, ganhavam provisões para um ano. Enquanto isso acontecia, se realizava uma procissão onde se apresentavam os frutos da terra entre cantos de hinos a Apolo. É possível que esses frutos fossem consumidos no festival, e que se realizasse ao mesmo tempo um rito em honra a Deméter, mas as fontes não são claras a respeito.
Outro festival era o da Pyanopsia, quando se levava em procissão geral um ramo de oliveira enfeitado com um tecido de lã e vários tipos de frutos. Várias procissões privadas aconteciam no mesmo momento, e as portas das casas eram adornadas com um ramo semelhante que permanecia ali ao longo de todo o ano, renovado na festa seguinte.
O significado exato do festival é obscuro, pode ter sido uma ação de graças pelo bom resultado das colheitas, uma vez que ele era realizado no outono, quando as safras já estavam no fim.
Várias casas da Ática possuíam um altar ou um pilar em frente ao pórtico dedicado a Apolo Aguieus, em sua condição de protetor das ruas e do caminho de entrada, e ele era honrado com sacrifícios e preces antes de cada assembléia pública, junto com outros deuses.
Quando os atenienses enviavam oficialmente suas oferendas para Delfos, a procissão era precedida de dois homens portando machados, reencenando a lenda que dizia Apolo ter desbravado o terreno para a fundação da cidade e reafirmando o caráter civilizador do deus.
Outro festival ateniense era a Boedromia, que agradecia a assistência de Apolo durante as guerras.
Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com
Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
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