sexta-feira, 9 de outubro de 2009

MITOLOGIA GREGA





ALINE SANTOS É Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista, Professora, Escritora, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
Email- arcanjo.azul@hotmail.com

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

UTOPIA – O SONHO HUMANO DE UM MUNDO MELHOR



Utopia significa sonho humano de um mundo melhor, busca de um lugar perfeito onde reina a felicidade.

Tudo que acontece no mundo exterior é puro pretexto para nos conduzir ao mundo interno, o reino de Manas ou da mente, onde tudo está, tudo é real e tudo tem significado e sentido definitivo e eterno.

O contrário, como já dissemos, é puro pretexto e ilusão. Nosso relacionamento com o mundo, em todas as fases evolutivas, sempre foi conflituoso, contraditório, crítico e reflexivo, efeito das dificuldades biológicas e psicológicas, inquietações, medos, angústias, dúvidas e incertezas.

É o processo natural de desilusão. Impossibilitados de romper esses limites, barreiras, para nós instransponíveis, apelamos para a adaptação, mecanismo maravilhoso da mente humana que nos faz suportar as mais terríveis provas do tempo presente e ainda nos projeta para as inúmeras possibilidades do tempo futuro.

No âmago do Espírito existe uma “mônada”, o princípio inteligente, uma centelha divina que vibra como marca microcósmica da Criação.

Na mente humana essa mônada se manifesta como um enorme vazio existencial, acomodado no plano biológico, porém insaciável no plano psicológico.

Em nosso íntimo esse vazio vibra na forma de uma insatisfação permanente, como se fosse um compromisso eterno com a nossa transformação.

É a utopia da Perfeição, a busca do modelo ideal e infalível que enxergamos no Criador.

Em todas as épocas construímos ou aderimos a utopias que despertaram em nós o interesse por uma vida diferente, promissora, contrária aos problemas das sociedades em que nos agrupamos e as limitações próprias do meio em que nascemos e nos desenvolvemos.

UTOPIA – O SONHO DA CAVERNA IDEAL


Na pré-história desenvolvemos a utopia da caverna permanente, refúgio ideal para a proteção do corpo, para saciar a fome, aquecer o frio e nos abrigar dos perigos da vida selvagem e da hostilidade da natureza, que naquela época nos parecia caótica.

A cavernas se sucediam umas às outras porque a necessidade de sobrevivência, limitada pela inteligência primitiva e visão estreita de mundo, nos impelia ao nomadismo, numa caminhada interminável, de incerteza, em busca de uma caverna definitiva, da qual não seríamos mais expulsos.

Com o advento do fogo e da agricultura , essa utopia da caverna se ampliou para a busca do domínio territorial , símbolo milenar da riqueza alimentar e da realização social.

Nas primeiras civilizações das culturas teológicas, sobretudo no Egito, surgiu a utopia do tempo eterno e da imortalidade, reflexo do horror que tínhamos da morte do corpo e do fim da existência.

As pirâmides de Gizé, símbolos exteriores dessa imortalidade era, na realidade esotérica, a metáfora da mente, cujas câmaras do tempo passado, presente e futuro, guardam os mais profundos sonhos de realização.

O culto aos mortos, as cerimônias funerárias, os túmulos monumentais, tudo isso representa psicologicamente a busca de respostas para os enigmas da morte.

Ainda não aprendemos a driblar fisicamente a morte, mas desenvolvemos experiências psicológicas, aprendendo a aceitar os limites físicos e crer na possibilidade da existência de mundos metafísicos.

Foi também nesse longo período da Antiguidade que, inspirados no espantoso avanço mental dos egípcios, que Moisés acreditou na utopia de Canaã, a terra prometida, atravessou o deserto da incerteza e conduziu seu povo para o caminho da lei e da fidelidade ao Deus Único.

Essa utopia tinha como fundamento o Decálogo, dez princípios do mundo moral perfeito da cultura judaica.

UTOPIA – O SONHO DA CAVERNA IDEAL PARTE II


Na Índia, decepcionado pelo choque dos extremos de luxo e miséria, o jovem príncipe Gautama Sidarta, o Budha, construiu a utopia do Nirvana, o supremo estado de consciência, cujo acesso seria possível pelos nove degraus da meditação e do controle do desejo.

Esvaziar a mente, fugir da ilusão e entregar-se ao poder da vontade era o caminho para o mundo feliz, sem dores e decepções.

Na mesma Índia, Krishna, o sábio e provável autor dos Vedas, já havia cantado nesses célebres poemas a epopéia da Criação Divina e do tempo interminável.


Na Pérsia, Zoroastro elaborou uma das primeiras utopias da regeneração, contida no Zend-Avesta, o paraíso que foi construído após uma longa batalha entre o Bem e o Mal, lugar reservado aos justos e escolhidos.


Os filósofos Lao-tsé e Confúcio, na China, criaram a utopia da Honestidade e da Paciência, poderosos sustentáculos da civilização indestrutível.


Na Grécia antiga, reduto de inúmeros filósofos e estadistas, onde imperava a razão e o pragmatismo, onde Deus se chamava Logos Spermátikos, Sócrates desafiou o sistema e a morte, falando da Pneuma, ou a possibilidade da Alma e do Mundo da Idéias, e Platão, seu discípulo mais querido, escreveu na “República” a utopia do Estado perfeito, a polis ideal.

Em Roma, provavelmente pela primeira vez, aparece a utopia de um Estado Mundial. O domínio do mundo, motivado pela ideal de força e honra, foram idealizados primeiramente no Marenostrum, o espaço geográfico conhecido e desejado na época de Cartago e, posteriormente, na política da Pax Romana, e representado na figura do Imperium, simbolizado politicamente por César.

O estado Mundial Romano só não foi viabilizado por causa das limitações tecnológicas da época e, pelas contradições inevitáveis do sistema militar-escravista. Para contrapor essa pretensão do supremo poder material, surge no próprio seio da dominação romana, de forma desconcertante, a utopia da igualdade e do amor ao próximo, idealizada pelo Cristianismo.

Nela um simples o rabino judeu, filho de carpinteiro, propunha a conquista do Reino de Deus, onde o braço poderoso de César jamais alcançaria.

O Reino não era desse mundo e recomendava o sacrifício da própria vida, caso a idéia da imortalidade fosse colocada em xeque.

Os martírios, projetados para supervalorizar a crueldade do materialismo romano, tiveram efeito contrário na mente dos expectadores dos famosos circos.

O ataque dos leões e as chamas que fulminavam os corpos despertavam na mente popular o remorso, a atração e a simpatia pela Boa Nova. Roma sucumbiu.

UTOPIA – O SONHO DA CAVERNA IDEAL PARTE III


Na Idade Média, no universo do feudalismo, ganha força a utopia do Céu, contra instabilidade dos bárbaros e a opressão do senhorio, o terror das pestes e epidemias, bem como as superstições tenebrosas do fim do mundo, do inferno e do Reino de Satanás.

Santo Agostinho descreve esse lugar como a Cidade de Deus, idéia que também fascina o monge Tomaso Campanella.

Na Península Arábica, o profeta Mohamed unifica o seu povo através da utopia do Islã, um Estado teocrático e expansionista.Na Renascença as utopias se multiplicam nas mãos geniais de Thomas Morus, de pintores e arquitetos italianos e holandeses.

Em pleno capitalismo mercantil, no auge da Era das Navegações e Descobrimentos, a utopia se volta para o Novo Mundo.Nos séculos 17 e 18, na Inglaterra e na França, ao criticar os desequilíbrios da sociedade de estamentos e o Estado Absolutista, os filósofos iluministas criam a utopia da Razão.


No século 19, por efeito dos desequilíbrios da Revolução Industrial, surge a utopia socialista de igualdade e harmonia, nas famosas colônias e falanstérios.Em pleno século XX o nazi-fascismo reviveu a antiga utopia espartana da eugenia através de regimes totalitários cruéis e belicistas.


E no mundo contemporâneo, depois de uma intensa onda de destruição ambiental e aniquilamento humano das duas guerras mundiais, volta à tona a utopia da Paz e da Harmonia, antigos sonhos que agora voltam a povoar a mente humana, ainda inquieta e em busca da sua caverna permanente.

São sonhos alimentados pela atuação pacifista do Mahatma Gandhi, com a utopia da Não Violência; do pastor Martin Luther King e Nelson Mandela, pela igualdade racial, pela utopia da contra-cultura dos jovens hippies do mundo inteiro, dos inúmeros conspiradores da Era de Aquário e milhões de militantes do verde e da Ecologia.

A caverna não é mais um lugar físico, mas a ânsia pela perfeição é mesma, agora rumo aos ilimitados confins da consciência.


É a utopia do Homem do Futuro.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ARQUÉTIPOS - O LEITO DE PROCUSTO


Quando a vida dá a sensação de não ter sentido, ou quando alguma coisa parece profundamente errada no modo como você vive e no que faz, você pode ajudar tomando consciência das discrepâncias entre os arquétipos, em seu interior, e os papéis visíveis que desempenham.

Muitas vezes os homens ficam presos entre o mundo interno dos arquétipos e o mundo externos dos estereótipos.

Os arquétipos são predisposições poderosas; representados pelas imagens e pela mitologia dos deuses gregos.


O LEITO DE PROCUSTO


Os viajantes que iam de de Mégara a Atenas eram forçados a se deitar em uma cama de ferro.

Se fossem menores, o bandido esticava as suas pernas com um sistema parecido com os das rodas medievais de tortura; se fossem maiores, eram simplesmente esquartejados para se ajustar ao tamanho.

A conformidade exigida dos homens pela cultura patriarcal é como o leito de Procusto, da mitologia grega.

Há homens que cabem precisamente no leito de Procusto, da mesma forma como existem aqueles para quem os estereótipos ( ou as expectativas do mundo externo) e os arquétipos ( os padrões internos ) estão em harmonia.

Para estes o sucesso é facil e prazerozo. Todavia, conformar-se aos estereótipos é, via de regra, processo torturante para o homem cujo o padrão arquetípico desvia-se do que devia ser.

Ele pode dar a impressão de caber mas, na verdade, manobrou até chegar a esse resultado, amputando aspectos significativos de seu ser, ou esticando outras dimensões de sua personalidade para corresponder às expectativas, mas comprometendo assim sua complexidade e profundidade o que , muitas vezes, torna intimamente vazios os sucessos no mundo externo.

Os viajantes que passaram pela provação do leito de Procusto para chegar a Atenas podem ter-se questionado sobre a validade dessa experiência, assim como costumam fazer hoje em dia os homens que chegaram ao sucesso.

Homens que gastaram os melhores anos de sua vida para obter sucesso e prestígio, e hoje sofrem de disturbios da meia idade: como depressão, devido a não ter mais contato com suas fontes interiores de vitalidade e alegria, e ficam sentindo a sua vida vazia e sem sentido.

Nesta cultura, os homens mandam e parecem ocupar os melhores papéis.

É certo que ocupam os de mais poder e os mais bem remunerados. Apesar disso, muitos deles sofrem de depressão que o álcool tenta mascarar, ou que o excesso de trabalho, ou horas diante do computador e da televisão tentam entorpecer.

Há muitos mais ainda, ressentidos e zangados, com hostilidade e ira prontas a explodir ao menor estímulo, seja no trânsito ou com uma criança que chora, ou ainda com a esposa que lhe pergunta algo; esses homens também sofrem de curta expectativa de vida.

Durante anos o movimento feminista expressou os problemas que as mulheres vivem em meio ao patriarcado, mas a julgar por quantos homens infelizes existem, viver no mundo patriarcal parece que faz mal a eles também.
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ALINE SANTOS É Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista, Professora, Escritora, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O GRAAL - Mitos e Lendas


O mito do Santo Graal refere-se, na maior parte das vezes, ao cálice da Última Ceia. Mas as inúmeras lendas criadas em menos de um milênio já descreveram o artefato como a tigela em que Jesus teria cortado o pão na mesma celebração.


Em outros escritos, o Graal seria o prato em que um seguidor chamado José de Arimatéia teria recolhido o sangue de Jesus crucificado, ou uma esmeralda caída da coroa de Lúcifer quando este foi expulso do céu pelo arcanjo São Miguel.


Há ainda autores que até acrescentaram elementos da mitologia pagã celta para criar sua própria lenda sobre o Graal.

O poderoso artefato cristão já foi retratado de muitas formas e sua história alimenta a imaginação das pessoas há quase mil anos.


As mais antigas sementes da lenda do Graal estão na Bíblia, embora em nenhum momento o termo seja usado.

A taça da Última Ceia, por exemplo, é mencionada nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas.


O Evangelho de Nicodemos, escrito no fim do século 4, dá mais detalhes sobre como José de Arimatéia, teria recolhido o sangue de Jesus crucificado em um prato e também retirado o corpo dele da cruz e dado ao morto um enterro digno.


O Evangelho de Nicodemos narra ainda como um soldado romano, de nome Longino, teria perfurado o tórax de Jesus com uma lança (episódio descrito de forma mais breve no Novo Testamento).


Esse livro apócrifo ajudou a estruturar a lenda do Graal. Como veremos a seguir, a lança de Longino é um dos objetos que “acompanham” o objeto sagrado nas histórias escritas na Idade Média.


No meio desse monte de histórias, o que se sabe ao certo é que o mito do Santo Graal foi criado por volta de 1180 por um francês chamado Chrétien de Troyes.Ele foi o primeiro a escrever sobre o artefato que chamou de “graal”, palavra que designava um tipo específico de utensílio de mesa que, até então, não possuía qualquer conotação sagrada.


Mais: incorporou o objeto à lenda dos cavaleiros.A pioneira dessas histórias, um poema inacabado de Chrétien de Troyes, levava o nome de Percival ou O Conto do Graal.

A obra de Chrétien (coincidência ou não, o nome quer dizer “cristão” em francês) já era um sucesso de público e crítica quando ele começou a trabalhar na nova história entre outras coisas, ele já havia escrito um livro com as aventuras de sir Lancelote na Távola Redonda.


A ambientação do novo livro retomava a famosa corte do lendário rei Arthur e as aventuras vividas por seus cavaleiros.


Ao enviuvar, a mãe do herói Percival decidiu criar o filho longe da civilização, de forma que o rapaz se tornou uma espécie de “bom selvagem”, com dificuldade de entender como a sociedade funcionava.


Percival acabou encontrando alguns cavaleiros de Artur na floresta e ficou tão fascinado com eles que decidiu tornar-se um também.

A mãe o deixou partir, ele arranjou um mentor e, depois de treinado, saiu pelo mundo em busca de aventuras.


Em dado momento, chegou ao castelo de um tal Rei Pescador, que o convidou a se hospedar lá.

Percival acabou presenciando o que Chrétien chamou de “procissão do Graal”: pessoas carregando uma lança de cuja ponta caem gotas de sangue, candelabros e, finalmente, “um graal".


No poema, o Graal transportava uma hóstia, levada até o pai do Rei Pescador, que se encontrava gravemente ferido.


A partir daí, as coisas ficam cada vez mais misteriosas.

Percival ficou intrigado com a procissão do Graal, mas não perguntou ao seu anfitrião o significado de tudo aquilo, pois seu mentor ensinara que um cavaleiro não deveria ser indiscreto.


Só que o jovem nobre aparentemente é punido por ter ficado de boca fechada: acordou sozinho no dia seguinte e o castelo estava misteriosamente vazio.Percival vagou por algum tempo, até perder a memória.


Finalmente, foi socorrido por um eremita, que explicou (bem, mais ou menos) o que estava acontecendo.


O sujeito disse que tanto ele quanto o pai do Rei Pescador eram tios maternos de Percival. Também afirmou que o Graal era “uma coisa muito santa” (tante sainte chose, em francês da época) e que, se Percival tivesse perguntado o significado da misteriosa cerimônia no castelo, teria evitado muitas desgraças.


Percival, por ter sido criado longe de tudo, não tem a justa medida das coisas e confunde a necessidade de ser discreto com ficar totalmente calado”.“Mas a referência ao Graal como "tante sainte chose" abriu um mundo de possibilidades para os escritores que vieram depois.”




Ninguém sabe ao certo como Chrétien pretendia terminar sua história, mas o fato é que, apenas meio século após a morte do autor, haviam surgido nada menos que 18 continuações, prólogos ou novas versões da história do Graal.


O mito só fez crescer – e adquirir características completamente distintas – em meio a todos esses textos.

Escritores que vieram depois de Chrétien, como Robert de Boron e o autor anônimo de A Demanda do Santo Graal, fizeram uma espécie de equação entre a lança que sangra (um bocado parecida com a lança de Longino, aquela do Evangelho de Nicodemos) e o Graal que carrega a hóstia.

E concluíram que, na verdade, o recipiente só podia ser o prato (ou o cálice) sagrado.


Assim, os sucessores de Chrétien conseguiram uma façanha inédita: juntaram a famosa saga da lendária corte do rei Artur, a mais popular da época, com o lado religioso e místico que também encantava o público medieval.


A mais famosa destas histórias envolveu criar um novo herói da Távola Redonda: surgiu então Galahad, filho de Lancelote, um jovem cavaleiro casto e puro.


Na maioria dos casos, Galahad, Percival e Bors (outro cavaleiro da corte de Artur), juntos, comprometem-se a encontrar o Graal para curar o pai do Rei Pescador e o próprio rei (que se machuca em versões posteriores do conto) e para atingir a iluminação.


Por um lado, a lenda parece ter crescido incorporando alguns elementos das antigas mitologias pagãs européias, em especial a celta.


Quando o Graal aparece misteriosamente, nos novos contos pós-Chrétien, é capaz de alimentar todos à sua volta com os pratos mais saborosos.


"O chamado caldeirão da abundância de alguns deuses celtas também era capaz disso"

No entanto, a simbologia mais forte das histórias do Graal está mesmo diretamente ligada à idéia de que a hóstia e o vinho transformam-se no corpo e no sangue de Jesus, conhecida como Eucaristia.


Na versão de A Demanda do Santo Graal, Galahad e seus companheiros, quando finalmente acham o misterioso artefato, são recepcionados numa missa celebrada pelo bispo Josefo, filho de José de Arimatéia.


Quando Josefo ergue a hóstia consagrada, eles vêem o corpo de um bebê que representa Jesus. Galahad morre depois de contemplar os mistérios do Graal, e o cálice volta ao céu junto com a alma do cavaleiro.


Muitas seitas esotéricas passaram a adotar o Graal como objeto de estudo.
Os membros da Ordem da Aurora Dourada, por exemplo, acreditavam que as histórias do Santo Graal eram uma espécie de mensagem em código sobre “os verdadeiros segredos místicos” da fé cristã.


A versão mais recente desse fenômeno é a teoria dos escritores Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln exposta em O Santo Graal e a Linhagem Sagrada. Segundo o livro, o San Greal, usado por autores franceses medievais em referência ao Graal, na verdade é uma corruptela de sang real, “sangue real” em francês antigo. Os autores vão mais longe: esse seria o sangue dos supostos descendentes que Jesus teria tido com Maria Madalena.


ALINE SANTOS É Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista, Professora, Escritora, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.

INICIAÇÃO AO GRAAL


Nas lendas arturianas dos séculos cristãos, está clara a iniciação que é retratada na procura do Santo Graal.

Conta-se que todo aquele que saía a sua procura, tendo encontrado o castelo do Graal, tinha que passar por um certo teste.

Se assim fizesse, o Rei Pescador seria curado e as Terras Desoladas tornar-se-iam férteis outra vez.
O teste consistia em perguntar o que significavam as maravilhas que via, quando os objetos sagrados eram expostos, e a quem o cálice do Graal servia.

Se não perguntasse, o castelo, o rei, o Graal, tudo se dissolveria como um sonho e as terras permaneceriam estéreis, até que ele ou um outro pudesse alcançar o castelo novamente, quando haveria uma segunda chance de fazer a pergunta.


Quando, Percival pela primeira vez alcançou o castelo do Graal, ficou tão dominado pelo terror e admiração, causado pela misteriosa procissão do Graal e da Lança com seus seguidores, que não perguntou sobre eles.


Gawain, da mesma maneira, foi dominado pelo sono no momento crítico, de maneira que também não perguntou o seu significado.


Aqui vemos que é a compreensão que liberta da paralisia da inconsciência.

Ver as imagens do inconsciente não é o bastante, é necessário decifra-las.

A menos que entendamos seu significado permaneceremos espiritualmente crianças, sujeitos ao feitiço do destino.
O inconsciente é uma presença poderosa e contínua. Toda a vida existe a partir dessa noite interior que fecunda tudo o que fazemos, pensamos e sentimos.


Somos todos cálices que contêm tesouros. No entanto, aspectos desses tesouros são mais escuros e mais perigosos do que nos permitimos imaginar.
Quando o inconsciente se ilumina, suas forças escuras nos libertam.


No entanto, é precisamente nesse limiar que cada indivíduo é guardião e sujeito da própria transformação. A maçaneta está do lado interno da porta, mas cabe somente a nós ter a coragem necessária para abri-la.
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ALINE SANTOS
É Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista, Professora, Escritora, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.

A TERRA DESOLADA


A vida atualmente teria alcançado uma paralisação. E assim, inesperadamente, o excesso de bem caiu em seu oposto e tornou-se o excesso do mal.
Essa condição de estagnação corresponde a condição do mundo na lendas do Graal, onde a doença do Rei Pescador se reflete em seu país, transformando-o na Terra Desolada.

A Terra Desolada é o retrato de um grande número de indivíduos como também de nações ocidentais em geral.
A atitude nacional em relação à vida, com sua tentativa de controlar a natureza em toda sua criação e destruição, resultou numa unilateridade que caiu em seu oposto.

Todos os valores emocionais não considerados acumularam-se no inconsciente, enquanto a atitude consciente tem se tornado seca e insatisfatória por causa da ausência daqueles elementos que foram drasticamente eliminados.

Mas a energia emocional, confinada no inconsciente pode explodir violentamente em nossa vida ordenada cotidiana. Se assim fizer irá derrubar as amarras do seguro e do familiar, construídos pelo costume e convenção.

Quando tal erupção ocorrer, uma grande inundação afetará não somente um indivíduo, mas comunidades inteiras, talvez até nações.
Esse dilúvio, ao invés de rejuvenescer a vida nacional, ameaçará remover todos os limites estabelecidos pelo homem e arrastará o mundo de volta ao caos original, a partir do qual todas as civilizações humanas foram construídas a tão alto preço.

Não faltam indicações, atualmente, de que as marés estão subindo no inconsciente, tanto dos indivíduos como das nações. Se essas marés irromperem violentamente, um dilúvio pode uma vez mais devastar o mundo, obliterando as realizações da civilização humana.

sábado, 4 de julho de 2009

HÁ DEUSES EM TODOS OS HOMENS


Este blog trata dos Deuses que existem em todos os homens, ou seja, os padrões inatos, arquétipos que se encontram no fundo da psique, moldando os homens por dentro.


Esses Deuses são predisposições invisíveis e poderosas, que atingem a personalidade, o trabalho e os relacionamentos.


Os Deuses têm ligação com a intensidade ou a distância emocional, com as predileções por precisão mental, exercícios corporais ou avaliação estética assim como com experiências de fusão extática, entendimento global, noção de tempo, e muito mais.


Os diferentes arquétipos são responsáveis pela diversidade entre os homens e pela complexidade masculina, e têm muito a ver com a facilidade ou dificuldade que homens (e meninos) experimentam quando há que se conformar com expectativas, e que custo isso acarreta para sua mais profunda autenticidade.


Sentir-se autêntico significa ser livre para desenvolver traços e potenciais que são predisposições inatas.


Quando somos aceitos e temos licença para sermos genuínos, é possível ter ao mesmo tempo auto-estima e sentir-se autêntico.


Esse sentimento só se desenvolve se somos encorajados, e não desestimulados pelas reações das pessoas que são importantes para nós, ao termos condutas espontâneas e confiantes, ou quando nos deixamos absorver por aquilo que nos traz contentamento.


Desde a infância, primeiro a família depois a cultura são os espelhos em que nos enxergamos como pessoas aceitáveis ou não.


Quando precisamos nos conformar para sermos aceitos, terminamos adotando uma falsa máscara e desempenhando papéis vazios, se entre quem somos por dentro e o que se espera de nós há distância muito grande.



ALINE SANTOS

É Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista, Professora, Escritora, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.