Utopia significa sonho humano de um mundo melhor, busca de um lugar perfeito onde reina a felicidade.
Tudo que acontece no mundo exterior é puro pretexto para nos conduzir ao mundo interno, o reino de Manas ou da mente, onde tudo está, tudo é real e tudo tem significado e sentido definitivo e eterno.
O contrário, como já dissemos, é puro pretexto e ilusão. Nosso relacionamento com o mundo, em todas as fases evolutivas, sempre foi conflituoso, contraditório, crítico e reflexivo, efeito das dificuldades biológicas e psicológicas, inquietações, medos, angústias, dúvidas e incertezas.
É o processo natural de desilusão. Impossibilitados de romper esses limites, barreiras, para nós instransponíveis, apelamos para a adaptação, mecanismo maravilhoso da mente humana que nos faz suportar as mais terríveis provas do tempo presente e ainda nos projeta para as inúmeras possibilidades do tempo futuro.
No âmago do Espírito existe uma “mônada”, o princípio inteligente, uma centelha divina que vibra como marca microcósmica da Criação.
Na mente humana essa mônada se manifesta como um enorme vazio existencial, acomodado no plano biológico, porém insaciável no plano psicológico.
Em nosso íntimo esse vazio vibra na forma de uma insatisfação permanente, como se fosse um compromisso eterno com a nossa transformação.
É a utopia da Perfeição, a busca do modelo ideal e infalível que enxergamos no Criador.
Em todas as épocas construímos ou aderimos a utopias que despertaram em nós o interesse por uma vida diferente, promissora, contrária aos problemas das sociedades em que nos agrupamos e as limitações próprias do meio em que nascemos e nos desenvolvemos.
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