Quando a vida dá a sensação de não ter sentido, ou quando alguma coisa parece profundamente errada no modo como você vive e no que faz, você pode ajudar tomando consciência das discrepâncias entre os arquétipos, em seu interior, e os papéis visíveis que desempenham.
Muitas vezes os homens ficam presos entre o mundo interno dos arquétipos e o mundo externos dos estereótipos.
Os arquétipos são predisposições poderosas; representados pelas imagens e pela mitologia dos deuses gregos.
O LEITO DE PROCUSTO
Os viajantes que iam de de Mégara a Atenas eram forçados a se deitar em uma cama de ferro.
Se fossem menores, o bandido esticava as suas pernas com um sistema parecido com os das rodas medievais de tortura; se fossem maiores, eram simplesmente esquartejados para se ajustar ao tamanho.
A conformidade exigida dos homens pela cultura patriarcal é como o leito de Procusto, da mitologia grega.
Há homens que cabem precisamente no leito de Procusto, da mesma forma como existem aqueles para quem os estereótipos ( ou as expectativas do mundo externo) e os arquétipos ( os padrões internos ) estão em harmonia.
Para estes o sucesso é facil e prazerozo. Todavia, conformar-se aos estereótipos é, via de regra, processo torturante para o homem cujo o padrão arquetípico desvia-se do que devia ser.
Ele pode dar a impressão de caber mas, na verdade, manobrou até chegar a esse resultado, amputando aspectos significativos de seu ser, ou esticando outras dimensões de sua personalidade para corresponder às expectativas, mas comprometendo assim sua complexidade e profundidade o que , muitas vezes, torna intimamente vazios os sucessos no mundo externo.
Os viajantes que passaram pela provação do leito de Procusto para chegar a Atenas podem ter-se questionado sobre a validade dessa experiência, assim como costumam fazer hoje em dia os homens que chegaram ao sucesso.
Homens que gastaram os melhores anos de sua vida para obter sucesso e prestígio, e hoje sofrem de disturbios da meia idade: como depressão, devido a não ter mais contato com suas fontes interiores de vitalidade e alegria, e ficam sentindo a sua vida vazia e sem sentido.
Nesta cultura, os homens mandam e parecem ocupar os melhores papéis.
É certo que ocupam os de mais poder e os mais bem remunerados. Apesar disso, muitos deles sofrem de depressão que o álcool tenta mascarar, ou que o excesso de trabalho, ou horas diante do computador e da televisão tentam entorpecer.
Há muitos mais ainda, ressentidos e zangados, com hostilidade e ira prontas a explodir ao menor estímulo, seja no trânsito ou com uma criança que chora, ou ainda com a esposa que lhe pergunta algo; esses homens também sofrem de curta expectativa de vida.
Durante anos o movimento feminista expressou os problemas que as mulheres vivem em meio ao patriarcado, mas a julgar por quantos homens infelizes existem, viver no mundo patriarcal parece que faz mal a eles também.
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ALINE SANTOS É Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista, Professora, Escritora, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
Email- arcanjo.azul@hotmail.com
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