Você sabe qual foi a primeira história registrada na forma escrita? Engana-se quem acha que foi A odisséia de Homero. Segundo arqueólogos, a epopéia de Gilgamesh é a obra mais antiga de todo o planeta.
Foi escrita em sumério cerca de 2.600 a. C. Os sumérios foram os mais antigos habitantes da Mesopotâmia e inventaram a escrita cuneiforme (em forma de cunha). O texto foi encontrado entre 669-626 d.C. na biblioteca de Assurbanipal em sua versão Assíria. Consta de 12 tabuletas, sendo que a última foi retirada de várias traduções por razões lingüísticas e arqueológicas.
O texto conta as aventuras do histórico rei de Uruk: Gilgamesh, "Sha nagb imuru" ou "aquele que tudo viu". O rei é um herói, um ser superior:
"Dois terços dele são deus, um terço dele é humano. Seu corpo é perfeito, os deuses o completaram. E sua mãe, Ninsun, ainda o dotou de beleza. (...) No recinto de Uruk ele vivia (...) com força tão grande como a de um boi selvagem" (Os trechos entre parenteses com reticências são trechos em que as tabuletas não puderam ser traduzidas).
Gilgamesh precisa enfrentar um ser feito à sua réplica, Enkidu. Ele é o deus da vegetação, um humano sem a marca da humanização. Após uma luta de força, tornam-se amigos e viajam enfrentando perigos e vivendo várias aventuras.
A epopéia é uma obra que tem como objeto o homem superior. É feita em verso e forma narrativa. A métrica, de verso heróico, é construída com vocábulos raros e metafóricos. Não há limite de tempo, ao contrário da tragédia. A estrutura é composta pelo reconhecimento, as peripécias e as catástrofes.
Os estudos mostram que a obra é na realidade um mito que foi transmitido por via oral e que era conhecido desde o sul da Babilônia até a Ásia menor.
A Epopéia de Gilgamesh aqui no Brasil pode ser lida pela versão da Editora Martins Fontes. Vale a pena não só pela aventura, mas pela viagem fascinante ao mundo dos grandes deuses pagãos.
O personagem Gilgamesh foi um dos reis sumérios que governaram após o dilúvio. Segundo o mito, era 2/3 deus e 1/3 humano, e foi autor de grandes feitos sobre-humanos, sendo que se livrou de algumas armadilhas causadas por eventos fantásticos e divinos. Seu personagem lembra muito o mitológico [Hércules], herói greco-romano (na Grécia era chamado de Héracles), sendo extremamente forte, o mais poderoso da Terra. O mito também possuiu um paralelo bíblico conhecido como Nimrod (ou Ninrode). Um pedaço de sua vida é descrito em um épico sumério que é considerado a mais antiga narrativa escrita pela humanidade, a Epopéia de Gilgamesh.
Enkidu
Enkidu ou Enquidu ("criação de Enki") é uma figura central do antigo épico mesopotâmico conhecido como Epopéia de Gilgamesh.
Fontes mais antigas transliteraram seu nome como Enkimdu, Eabani ou Enkita.
Foi criado pelos deuses com o fim de contrabalançar o poder de Gilgamesh quando do seu abuso de poder.
Os deuses tramam um plano para roubar de Gilgamesh sua autoridade e dominação. Nas planices incultas eles colocam um homem cabeludo e selvagem, Enkidu. Como os animais, ele pastava e perambulava com eles. Enkidu é visto por um caçador (será ele da raça dos deuses?) no poço onde os animais iam beber água.
Gilgamesh é informado e faz um plano para capturar o selvagem homem-animal. Envia uma "herem", prostituta sagrada consagrada à deusa, ao local do poço com o caçador. Ao alcançarem Enkidu, o caçador obriga a mulher a tirar as roupas, deixando à mostra sua nudez madura.
"Ela abriu completamente as vestes, expondo seus encantos e entregando-se aos abraços dele". Durante seis dias e sete noites ela gratificou-lhe os desejos e o alimentou com pão e cerveja, até que sua vida selvagem foi completamente vencida.
Na história Enkidu é um homem selvagem, criado por animais e ignorante dos costumes humanos até conhecer e se deitar com Shamhat. Após o fato uma série de interações suas com os humanos o torna mais próximo à civilização, e eventualmente acaba disputando uma partida de luta com Gilgamesh, rei de Uruk; Enkidu então se torna o companheiro fiel do rei, acompanhando-o em aventuras até padecer com uma doença que o leva à morte. A perda trágica de Enkidu emociona profundamente Gilgamesh, e o inspira a iniciar uma empreitada em busca da obtenção da imortalidade divina.
Após a morte de seu melhor amigo e parceiro de aventura, Enkidu, o que moveu Gilgamesh pelo resto de sua vida foi a busca da imortalidade. O mito de Gilgamesh relaciona-se à busca desesperada por algo (a vida eterna) que lhe foi negado em seu nascimento. Em sua procura, vai atrás do único sobrevivente do dilúvio, Utnapishtim que recebeu a imortalidade, que tem uma história parecida com a do Noé bíblico, quem disseram-lhe poderia ter o segredo da vida eterna, por motivos óbvios. Assim, ele abandona sua vida para buscar, sem sucesso, a vida eterna.
Quem foi Gilgamesh?
Gilgamesh foi um rei e herói legendário, da cidade estado de Uruk, na Mesopotamia, região onde onde se encontra o Iraque.
De acordo com a lista dos reis sumérios, Gilgamesh foi o quinto rei de Uruk, da primeira Dinastia, filho de Lugalbanda. Diz a lenda que sua mãe era Ninsun, uma deusa Suméria.
Baseado em antigas lendas, o Épico de Gilgamesh é originário da Babilônia, datando de muito tempo depois da época em que o rei teria reinado. Costumava ser passado adiante apenas por tradição oral. A versão mais completa deste épico preservou-se em doze tabletes de barro, na coleção do século VII a.C. do rei assírio Assurbanipal. É considerado a mais antiga história jamais contada, trata-se da mais antiga publicação escrita conhecida da humanidade.
Uruk era uma das mais antigas e importantes cidades da Suméria, hoje chamada Warka, e no Antigo testamento Erech, situada a leste do atual leito do Eufrates. O nome moderno de Iraque possivelmente se deriva do nome Uruk.
Desde aí, Gilgamesh tem inspirado muitas outras histórias e escritores.
Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário