Nanna (Sumério: DŠEŠ.KI, DNANNA) era o deus (dingir) sumério da Lua. Era geralmente representado com símbolos lunares (como um crescente sobre a cabeça). Era sobretudo cultuado em Ur. Na Acádia, foi adotado como Sin ou Sinnu (Acádio: Su'en, Sîn).
Filho do deus Enlil e da deusa Ninlil. Quando Ereshkigal permitiu o retorno de Ninlil e Enlil para a morada do Anunnaki, pediu que Ninlil consagrasse um de seus filhos a ela. Esse filho foi Nanna que permanecia 27 dias no mundo dos vivos e depois descia para ter com Ereshkigal e retornar ao céu. Foi assim que desposou Ningal, filha de Ereshkigal e gerou os gêmeos: Shamash e Inanna (Isthar).
Embora, mais tarde, na Antiguidade Clássica a Lua fosse associada a deusas (Selena e Ártemis na Grécia; Luna e Diana em Roma), na Antiguidade Oriental era geralmente uma divindade masculina: Nanna na Suméria; Sin na Acádia; Tot e Khonsu no Egito.
Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com
terça-feira, 1 de junho de 2010
Enlil
Enlil era o deus (dingir) sumério do Ar, senhor das tempestades e outras manifestações naturais ligadas à atmosfera (raio e o trovão).
Enlil, acima de tudo, era considerado o conector entre o Céu e a Terra, sendo o responsável pelo distanciamento entre os mesmos. Era também o senhor dos ventos e do ar. Segundo os mitos, assim que nasceu, se colocou entre seu pai Anu (Céu) e sua mãe Antu/Ki (Terra), distanciando-os para sempre. Tal evento provocou um coito interrompido e uma má gestação que ocasionou no nascimento de deuses híbridos, os Utukku.
Os mitos principais de Enlil, estão relacionados com suas disputas com os meio-irmãos Enki e Ereshikigal, o casamento com Ninlil. Quando Enlil ainda era um deus jovem, se apaixonou por Ninlil, e violentou-a antes do casamento. Ninlil, foi até a presença dos grande Anunnaki e pediu justiça. Os 12 grandes deuses decidiram pela morte de Enlil, então ele foi expulso de Dilmun (a casa dos deuses), para habitar com Ereshkigal em Kur-Nu-Gia "A Terra do Não-Retorno".
Porém Ninlil o amava e decidiu seguí-lo até ao submundo. A chegar diante dos três primeiros portões do reino de Ereshkigal, encontrou com seus guardiões, que na verdade eram disfarces de Enlil. Sob esses disfarces, Enlil convenceu Ninlil de que só poderia passar se lhe cedesse favores amorosos. Ninlil logo percebeu quem era e assim o fez, sendo fecundada e gerando Ashnan, Ninazu, Nergal, Ninurta e Nanna.
Durante o período em que esteve nos domínios de Ereshkigal, teve de se submeter a ela para retornar ao reino dos vivos e assim gerou com ela Namtar, o vizir da rainha infernal.
A tradução do seu nome em sumério dá precisamente «Senhor do Vento» («EN» = Senhor, Lorde; «LIL» = Vento, Ar); uma interpretação "por sentido" do nome seria «Senhor do Comando».
Local de Culto
Era particularmente venerado na cidade de Nippur; no entanto, embora esta fosse a cidade especialmente consagrada ao seu culto (acreditando-se que era no templo dessa cidade que o deus vivia), esta era uma divindade que tinha um caráter nacional em toda a Suméria.
De resto, durante um período anterior a 3000 a.C., Nippur tornou-se um centro político muito importante. Inscrições encontradas neste lugar nas escavações realizadas entre 1888 e 1900 por Messrs Peters e Haynes, sob a tutela da Universidade da Pensilvânia, mostraram que Enlil era o líder de um extenso e populoso panteão de deuses e deusas.
Inscrições encontradas referem-se a ele como Rei das Terras, Rei dos Céus e da Terra ou Pai dos Deuses; este último título, de resto, era também atribuído, henoteisticamente, a Enki, deus que, em dada altura da história suméria, acabado por ser suplantado, em termos de culto, por Enlil.
O Templo
O seu templo ou "pavilhão" em Nippur tinha o nome de Ekur («EK» = casa e «UR» = montanha, ou seja, «a casa da montanha»). Esta palavra continuou a ser usada por outras civilizações posteriores para designar templo em geral. Existe inclusivamente quem queira associar este templo à torre de Babel, uma vez que esta sugere uma construção enorme semelhante a uma montanha.
O deus do comando
Enlil fazia parte dos Anunnaki (an.un.na.ki – aqueles que do céu à terra vieram) Enlil era filho do deus An (céu) e da deusa KI (terra). A terra estava sob o comando de Enki, que teria sido o primeiro da família dos Anunnaki a chegar a este lugar.
Paralelismo Bíblico
Enlil é muito associado a Yahweh – o Deus dos Hebreus
Existem duas teorias em relação à CRIAÇÃO na mitologia Suméria:
a) Enlil criou o Jardim do Éden e Enki criou o Homem
b) Enlil Criou o Jardim do Éden e o Homem. Enki aperfeiçoou o homem.
Qualquer uma das duas hipóteses faz sentido porque segundo a bíblia a criação do Éden e do Homem foi feita por Elohim que no original Hebraico significa – Deuses (no plural).
A bíblia refere em Gênesis: Façamos o homem à NOSSA imagem, conforme a NOSSA semelhança. (sugere uma pluralidade divina).
Os relatos sumérios indicam que foi Enlil que resolveu destruir os homens com um dilúvio e foi Enki quem lhe deu os planos para a construção da Arca. Segundo a Bíblia o dilúvio também foi uma decisão de Yahweh.
Segundo a mitologia Suméria foi Enki quem aperfeiçoou a criação do Homem. Segundo a bíblia foi a serpente quem deu a provar do Fruto Proibido" a Eva. Ou seja com muitos defendem, tirou-lhe a inocência e ela concebeu Caim (que era filho do maligno – I João 3:12).
Um dos símbolos da casa de Enki era na realidade a serpente (ver artigo Enki)
Os descendentes de Abraão seguiram Yahweh / Enlil e os egípcios por outro lado eram os protegidos da Serpente - / Enki (Yahweh referiu num dos seus mandamentos …que te tirei do Egito, da casa da servidão… (Exodo 20)
Enlil sempre foi um deus ciumento (zeloso) mas preocupado com o seu comando. Tal como Yahweh, o Deus Zeloso que cuidou do seu povo e o protegeu e o ajudou nas batalhas.
Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com
Enlil, acima de tudo, era considerado o conector entre o Céu e a Terra, sendo o responsável pelo distanciamento entre os mesmos. Era também o senhor dos ventos e do ar. Segundo os mitos, assim que nasceu, se colocou entre seu pai Anu (Céu) e sua mãe Antu/Ki (Terra), distanciando-os para sempre. Tal evento provocou um coito interrompido e uma má gestação que ocasionou no nascimento de deuses híbridos, os Utukku.
Os mitos principais de Enlil, estão relacionados com suas disputas com os meio-irmãos Enki e Ereshikigal, o casamento com Ninlil. Quando Enlil ainda era um deus jovem, se apaixonou por Ninlil, e violentou-a antes do casamento. Ninlil, foi até a presença dos grande Anunnaki e pediu justiça. Os 12 grandes deuses decidiram pela morte de Enlil, então ele foi expulso de Dilmun (a casa dos deuses), para habitar com Ereshkigal em Kur-Nu-Gia "A Terra do Não-Retorno".
Porém Ninlil o amava e decidiu seguí-lo até ao submundo. A chegar diante dos três primeiros portões do reino de Ereshkigal, encontrou com seus guardiões, que na verdade eram disfarces de Enlil. Sob esses disfarces, Enlil convenceu Ninlil de que só poderia passar se lhe cedesse favores amorosos. Ninlil logo percebeu quem era e assim o fez, sendo fecundada e gerando Ashnan, Ninazu, Nergal, Ninurta e Nanna.
Durante o período em que esteve nos domínios de Ereshkigal, teve de se submeter a ela para retornar ao reino dos vivos e assim gerou com ela Namtar, o vizir da rainha infernal.
A tradução do seu nome em sumério dá precisamente «Senhor do Vento» («EN» = Senhor, Lorde; «LIL» = Vento, Ar); uma interpretação "por sentido" do nome seria «Senhor do Comando».
Local de Culto
Era particularmente venerado na cidade de Nippur; no entanto, embora esta fosse a cidade especialmente consagrada ao seu culto (acreditando-se que era no templo dessa cidade que o deus vivia), esta era uma divindade que tinha um caráter nacional em toda a Suméria.
De resto, durante um período anterior a 3000 a.C., Nippur tornou-se um centro político muito importante. Inscrições encontradas neste lugar nas escavações realizadas entre 1888 e 1900 por Messrs Peters e Haynes, sob a tutela da Universidade da Pensilvânia, mostraram que Enlil era o líder de um extenso e populoso panteão de deuses e deusas.
Inscrições encontradas referem-se a ele como Rei das Terras, Rei dos Céus e da Terra ou Pai dos Deuses; este último título, de resto, era também atribuído, henoteisticamente, a Enki, deus que, em dada altura da história suméria, acabado por ser suplantado, em termos de culto, por Enlil.
O Templo
O seu templo ou "pavilhão" em Nippur tinha o nome de Ekur («EK» = casa e «UR» = montanha, ou seja, «a casa da montanha»). Esta palavra continuou a ser usada por outras civilizações posteriores para designar templo em geral. Existe inclusivamente quem queira associar este templo à torre de Babel, uma vez que esta sugere uma construção enorme semelhante a uma montanha.
O deus do comando
Enlil fazia parte dos Anunnaki (an.un.na.ki – aqueles que do céu à terra vieram) Enlil era filho do deus An (céu) e da deusa KI (terra). A terra estava sob o comando de Enki, que teria sido o primeiro da família dos Anunnaki a chegar a este lugar.
Paralelismo Bíblico
Enlil é muito associado a Yahweh – o Deus dos Hebreus
Existem duas teorias em relação à CRIAÇÃO na mitologia Suméria:
a) Enlil criou o Jardim do Éden e Enki criou o Homem
b) Enlil Criou o Jardim do Éden e o Homem. Enki aperfeiçoou o homem.
Qualquer uma das duas hipóteses faz sentido porque segundo a bíblia a criação do Éden e do Homem foi feita por Elohim que no original Hebraico significa – Deuses (no plural).
A bíblia refere em Gênesis: Façamos o homem à NOSSA imagem, conforme a NOSSA semelhança. (sugere uma pluralidade divina).
Os relatos sumérios indicam que foi Enlil que resolveu destruir os homens com um dilúvio e foi Enki quem lhe deu os planos para a construção da Arca. Segundo a Bíblia o dilúvio também foi uma decisão de Yahweh.
Segundo a mitologia Suméria foi Enki quem aperfeiçoou a criação do Homem. Segundo a bíblia foi a serpente quem deu a provar do Fruto Proibido" a Eva. Ou seja com muitos defendem, tirou-lhe a inocência e ela concebeu Caim (que era filho do maligno – I João 3:12).
Um dos símbolos da casa de Enki era na realidade a serpente (ver artigo Enki)
Os descendentes de Abraão seguiram Yahweh / Enlil e os egípcios por outro lado eram os protegidos da Serpente - / Enki (Yahweh referiu num dos seus mandamentos …que te tirei do Egito, da casa da servidão… (Exodo 20)
Enlil sempre foi um deus ciumento (zeloso) mas preocupado com o seu comando. Tal como Yahweh, o Deus Zeloso que cuidou do seu povo e o protegeu e o ajudou nas batalhas.
Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com
Enki
Enki ou EA - era entre os Sumérios o deus (dingir) das águas doces (quer dos rios e dos canais, quer da chuva), mas também o deus das águas subterrâneas, chamadas Apsu (ou Absu), equivalentes ao caos primordial de outras culturas antigas.
A água (A para os sumérios) tinha um significado também relacionado com o conhecimento ou sabedoria. Por este motivo Enki era também conhecido como o deus do conhecimento e da sabedoria.
Relação genealógica
Como terceiro filho de AN, Enki era verdadeiramente muito importante no panteão sumério, sendo por isso (por vezes) chamado de Rei dos Deuses em diversos hinos religiosos. Era especialmente cultuado na cidade de Eridu;
Enki tinha por mulher a sua irmã Ninhursag, da qual teve filhos, entre os quais se destacaram Marduk e Nabu (o biblico Nebo)
Significado e simbologia
O nome Enki, de resto, significa mesmo senhor da Terra (En, uma corrupção de An, significa senhor, e Ki siginifica terra).
Os seus símbolos iconográficos eram o peixe, a cabra e a serpente, os quais foram combinados num único animal, o mítico Capricórnio (o qual se tornou um dos doze signos do Zoodíaco, cuja ideologia teve a sua base na civilização suméria).
História
Quando os Acádios, de origem semita, dominaram a Suméria, adotaram-no sob o nome de Ea. Enki (en.ki / Ea) é descrito como filho de An, um dos deuses principais do panteão sumério. Irmão mais novo de ENLIL e de NINHURSAG, foi o líder responsável por "organizar" o planeta Terra (KI) antes da criação do HOMEM. Enki perdeu o controle da terra na altura do dilúvio, (épico de Gilgamesh) para o seu irmão Enlil, herdeiro legítimo do trono e segundo no poder do universo de AN.
Feitos importantes
Em conjunto com a sua irmã Ninhursag, participou no momento da criação do homem usando do seu próprio sangue (ADN) na sua concepção.
Em alguns excertos subentende-se que foi ENKI quem sussurrou ao ouvido de Utnapishtim (o bíblico Noé - Gênesis cap. 6 vers. 6 a 22) como escapar ao dilúvio.
Na Bíblia
A água (A para os sumérios) tinha um significado também relacionado com o conhecimento ou sabedoria. Por este motivo Enki era também conhecido como o deus do conhecimento e da sabedoria.
Relação genealógica
Como terceiro filho de AN, Enki era verdadeiramente muito importante no panteão sumério, sendo por isso (por vezes) chamado de Rei dos Deuses em diversos hinos religiosos. Era especialmente cultuado na cidade de Eridu;
Enki tinha por mulher a sua irmã Ninhursag, da qual teve filhos, entre os quais se destacaram Marduk e Nabu (o biblico Nebo)
Significado e simbologia
O nome Enki, de resto, significa mesmo senhor da Terra (En, uma corrupção de An, significa senhor, e Ki siginifica terra).
Os seus símbolos iconográficos eram o peixe, a cabra e a serpente, os quais foram combinados num único animal, o mítico Capricórnio (o qual se tornou um dos doze signos do Zoodíaco, cuja ideologia teve a sua base na civilização suméria).
História
Quando os Acádios, de origem semita, dominaram a Suméria, adotaram-no sob o nome de Ea. Enki (en.ki / Ea) é descrito como filho de An, um dos deuses principais do panteão sumério. Irmão mais novo de ENLIL e de NINHURSAG, foi o líder responsável por "organizar" o planeta Terra (KI) antes da criação do HOMEM. Enki perdeu o controle da terra na altura do dilúvio, (épico de Gilgamesh) para o seu irmão Enlil, herdeiro legítimo do trono e segundo no poder do universo de AN.
Feitos importantes
Em conjunto com a sua irmã Ninhursag, participou no momento da criação do homem usando do seu próprio sangue (ADN) na sua concepção.
Em alguns excertos subentende-se que foi ENKI quem sussurrou ao ouvido de Utnapishtim (o bíblico Noé - Gênesis cap. 6 vers. 6 a 22) como escapar ao dilúvio.
Na Bíblia
Pode ser que o bíblico Enak (Enoc) se referira a Enki, e este seria um pai dos Gigantes na terra! Um dos símbolos da casa de Enki era a serpente, por este motivo existe quem defenda que este deus seria também a serpente do Éden que levou Eva a comer do "fruto proibido".
Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com
Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com
DEUS BAAL
Baal (em hebraico בַּעַל) é uma palavra semítica que significa Senhor, Lorde, Marido ou Dono (Don). Esta palavra em Hebraico é cognata de outra em acádio Bel, com o mesmo significado. A forma feminina de Baal é Baalath, o masculino plural é Baalin, e Balaoth no feminino plural. Esta palavra não tinha conotação exclusivamente religiosa, podendo ser empregada em relações pai e filhos (por exemplo) não sendo obrigatória uma separação hierárquica.
Na Bíblia se faz referência a Baal que poderia ser um epíteto de Hadad ou Adad que era uma divindade cananéia e suméria. Um deus da fertilidade.
Este deus Adad dos sumérios viria a ser o deus Sin dos acádios mais tarde, pai da bíblica Astarte (filisteus) e do seu irmão Camos ou Camoesh. Ambos também fizeram parte da mitologia Suméria e Acaádia, como Ishtar e Shamash. Segundo Zecharia Sitchin (autoridade em cuneiforme), Baal (deus dos cananeus) era Shamash na Suméria, filho de Nannar-Sin (deus de Ur), que em Canaã era El.
Adad era o deus dos ventos, entre os acádios, sendo representado na iconografia segurando raios na mão. ( como Júpiter dos romanos ou Zeus dos gregos)
Este deus Adad seria cultuado na Assíria com este mesmo nome (de que é prova o nome dos reis Shamsi-Adad, invocação simultânea de Shamash e de Adad), mas na Babilônia seria conhecido como Bel ( Senhor).
Baal Bíblico
Comparação biblico-judaica com mitologia da região
A determinada altura na história dos antigos habitantes da zona da mesopotâmia começou a existir uma confusão relativa à identificação dos deuses. Cada lugar adorava um mesmo deus, mas com um nome diferente e isto tudo fomentou a dificuldade de hoje em identificar a diferença entre os deuses.
Mais tarde Baal deu origem a Beliel ( Belial) o qual vem grandemente referido até no novo testamento.
Este personagem teve a sua origem muito anteriormente como o príncipe do mundo, epíteto que lhe garantia uma superioridade em relação aos outros componentes da divindade desta época. Este deus era conhecido também por Enki - O Senhor da Terra
Relato bíblico
Em Canaã, os Hebreus viram no deus Baal uma ameaça especial. No Livro dos Juízes (da Bíblia Hebraica), o hebreu Gideão destrói os altares de Baal e a árvore sagrada pertencente aos Midianitas.
Mais tarde, o profeta Elias, no século IX a.C., condenou o Rei Acabe por adorar Baal.
Outros homônimos
Mica, seu filho; Reaías, seu filho; Baal, seu filho; (1 Crónicas 5:5)
Referencias bíblicas
Números 22:41 (Os Hebreus tinha Altares a Baal)
Juízes 2:13 (o povo de Israel serviram Baal e Asterath)
Juízes 6:25 (Deus manda destruir o Altar de Baal)
1 Reis 16:31 (Jeroboão adora Baal)
1 Reis 18:19 (Desafio entre Yahweh, Baal e Asterath)
1 Reis 22:54 (Acazias adora Baal)
2 Reis 10:19-28 (Jeú arma uma cilada aos sacerdotes de Baal)
2 Reis 11:18 (Destruição do Templo de Baal)
2 Reis 17:16 (Novamente adoração a Baal)
2 Reis 23:05 (Referência aos adoradores de Baal, da Lua, do Sol e de outros planetas.)
2 Crónicas 23:17 (A morte de Matã o sacerdote de Baal)
Jeremias 2:8 (O profeta questiona o poder dos sacerdotes de Baal e outros deuses)
Jeremias 7:9 (Adoração a Baal entre pecados como o furto e o assassinio?)
Jeremias 11
Jeremias 12:16 (Juras por Baal)
Jeremias 19:05 (Sacrificios de Crianças a Baal)
Jeremias 23:13 (Samaritanos Loucos profetas de Baal)
Jeremias 32:29 (Os caldeus adoraram Baal)
Jeremias 32:35 (Outra referência ao sacrificio de Crianças)
Oseias 2:8 (Milagre)
Oseias 13:1 (Efraim morre por ser culpado por Baal)
Sofonias 1:4 (O profeta refere-se aos idolos)
Romanos 11:14
Beliel
Beliel, Belial, Beliar ou Berial - não confundir com Baal. Personagem da mitologia cananita que determinava este Beliel como o adversário do povo "escolhido". Beliel é mencionado também no novo testamento como o oposto da luz, do bem e de Jesus Cristo.
Do hebraico - "Bliol" (o fraco) Seria o mais importante demônio na Terra, que comandava as forças da escuridão contra os "filhos da luz" que serviam Satã.
Criado junto com Lúcifer, de Beliel foi dito - rei do inferno - e comandante de 8O legiões. É o 68º espírito listado na Goetia.
Referencia góticas
Beliel ou Belial é o Rei-Comandante de Sheol (parte das regiões infernais). Na demonologia cristã, é reconhecido como um antigo Anjo da Virtude, que após a queda junto com Lúcifer, foi transformado no demônio da arrogância e da loucura, ocupava o posto que agora pertence a Arcanjo São Miguel. Também é responsável pela luxúria, e foi por sua causa que as cidades de Sodoma e Gomorra caíram em tentação. Ele aparece na forma de dois anjos sentados em uma carruagem de fogo.
A letra quer dizer "filhos da indignidade."
Etimologia
Belial (também conhecido como Belhor, Baalial, Beliar, Beliall, Beliel; do idioma hebreu, temos Bliyaal בליעל - (Significado:sem valia, ou "rebelde"). Em livros antigos dos judeus, as crianças não circuncidadas eram alcunhadas como "filhos de Belial".
A etimologia para seu nome é incerta. Alguns estudiosos verteram diretamente do hebreu como "sem valor" (Beli yo'il), enquanto outros traduziram como "não escravizado" (Beli ol), "O que não tem derrotas" (Belial) ou "nunca vencido" (Beli ya'al). Apenas alguns poucos etimologistas assumiram essas transcrições literais como origem de suas pesquisas.
Beliar significa sem valor. O próprio Beliar nos diz no Evangelho de Bartolomeu que "Em primeiro lugar eu era chamado Satanel, que era interpretado como mensageiro de Deus, mas quando rejeitei a imagem de Deus, meu nome foi mudado para Satanás, que é o anjo que guarda o Inferno".
Angelologia
Ele não pode resistir a tentação de gabar-se, "Eu era o primeiro dos anjos". Miguel supostamente era o segundo, Gabriel o terceiro, Uriel o quarto e Rafael o quinto. O orgulho desse anjo era verdadeiro pois seus irmãos são conhecidos como Anjos da Vingança
Aqui vale dizer que quando um povo conquista outro, os deuses dos povos conquistados passam a serem considerados demônios pelos conquistadores, seus adoradores passam a ser pessoas sem valor ou filhos do demônio, seus costumes são denegridos ou distorcidos e seus lugares de adoração destruídos.
Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com
Na Bíblia se faz referência a Baal que poderia ser um epíteto de Hadad ou Adad que era uma divindade cananéia e suméria. Um deus da fertilidade.
Este deus Adad dos sumérios viria a ser o deus Sin dos acádios mais tarde, pai da bíblica Astarte (filisteus) e do seu irmão Camos ou Camoesh. Ambos também fizeram parte da mitologia Suméria e Acaádia, como Ishtar e Shamash. Segundo Zecharia Sitchin (autoridade em cuneiforme), Baal (deus dos cananeus) era Shamash na Suméria, filho de Nannar-Sin (deus de Ur), que em Canaã era El.
Adad era o deus dos ventos, entre os acádios, sendo representado na iconografia segurando raios na mão. ( como Júpiter dos romanos ou Zeus dos gregos)
Este deus Adad seria cultuado na Assíria com este mesmo nome (de que é prova o nome dos reis Shamsi-Adad, invocação simultânea de Shamash e de Adad), mas na Babilônia seria conhecido como Bel ( Senhor).
Baal Bíblico
Comparação biblico-judaica com mitologia da região
A determinada altura na história dos antigos habitantes da zona da mesopotâmia começou a existir uma confusão relativa à identificação dos deuses. Cada lugar adorava um mesmo deus, mas com um nome diferente e isto tudo fomentou a dificuldade de hoje em identificar a diferença entre os deuses.
Mais tarde Baal deu origem a Beliel ( Belial) o qual vem grandemente referido até no novo testamento.
Este personagem teve a sua origem muito anteriormente como o príncipe do mundo, epíteto que lhe garantia uma superioridade em relação aos outros componentes da divindade desta época. Este deus era conhecido também por Enki - O Senhor da Terra
Relato bíblico
Em Canaã, os Hebreus viram no deus Baal uma ameaça especial. No Livro dos Juízes (da Bíblia Hebraica), o hebreu Gideão destrói os altares de Baal e a árvore sagrada pertencente aos Midianitas.
Mais tarde, o profeta Elias, no século IX a.C., condenou o Rei Acabe por adorar Baal.
Outros homônimos
Mica, seu filho; Reaías, seu filho; Baal, seu filho; (1 Crónicas 5:5)
Referencias bíblicas
Números 22:41 (Os Hebreus tinha Altares a Baal)
Juízes 2:13 (o povo de Israel serviram Baal e Asterath)
Juízes 6:25 (Deus manda destruir o Altar de Baal)
1 Reis 16:31 (Jeroboão adora Baal)
1 Reis 18:19 (Desafio entre Yahweh, Baal e Asterath)
1 Reis 22:54 (Acazias adora Baal)
2 Reis 10:19-28 (Jeú arma uma cilada aos sacerdotes de Baal)
2 Reis 11:18 (Destruição do Templo de Baal)
2 Reis 17:16 (Novamente adoração a Baal)
2 Reis 23:05 (Referência aos adoradores de Baal, da Lua, do Sol e de outros planetas.)
2 Crónicas 23:17 (A morte de Matã o sacerdote de Baal)
Jeremias 2:8 (O profeta questiona o poder dos sacerdotes de Baal e outros deuses)
Jeremias 7:9 (Adoração a Baal entre pecados como o furto e o assassinio?)
Jeremias 11
Jeremias 12:16 (Juras por Baal)
Jeremias 19:05 (Sacrificios de Crianças a Baal)
Jeremias 23:13 (Samaritanos Loucos profetas de Baal)
Jeremias 32:29 (Os caldeus adoraram Baal)
Jeremias 32:35 (Outra referência ao sacrificio de Crianças)
Oseias 2:8 (Milagre)
Oseias 13:1 (Efraim morre por ser culpado por Baal)
Sofonias 1:4 (O profeta refere-se aos idolos)
Romanos 11:14
Beliel
Beliel, Belial, Beliar ou Berial - não confundir com Baal. Personagem da mitologia cananita que determinava este Beliel como o adversário do povo "escolhido". Beliel é mencionado também no novo testamento como o oposto da luz, do bem e de Jesus Cristo.
Do hebraico - "Bliol" (o fraco) Seria o mais importante demônio na Terra, que comandava as forças da escuridão contra os "filhos da luz" que serviam Satã.
Criado junto com Lúcifer, de Beliel foi dito - rei do inferno - e comandante de 8O legiões. É o 68º espírito listado na Goetia.
Referencia góticas
Beliel ou Belial é o Rei-Comandante de Sheol (parte das regiões infernais). Na demonologia cristã, é reconhecido como um antigo Anjo da Virtude, que após a queda junto com Lúcifer, foi transformado no demônio da arrogância e da loucura, ocupava o posto que agora pertence a Arcanjo São Miguel. Também é responsável pela luxúria, e foi por sua causa que as cidades de Sodoma e Gomorra caíram em tentação. Ele aparece na forma de dois anjos sentados em uma carruagem de fogo.
A letra quer dizer "filhos da indignidade."
Etimologia
Belial (também conhecido como Belhor, Baalial, Beliar, Beliall, Beliel; do idioma hebreu, temos Bliyaal בליעל - (Significado:sem valia, ou "rebelde"). Em livros antigos dos judeus, as crianças não circuncidadas eram alcunhadas como "filhos de Belial".
A etimologia para seu nome é incerta. Alguns estudiosos verteram diretamente do hebreu como "sem valor" (Beli yo'il), enquanto outros traduziram como "não escravizado" (Beli ol), "O que não tem derrotas" (Belial) ou "nunca vencido" (Beli ya'al). Apenas alguns poucos etimologistas assumiram essas transcrições literais como origem de suas pesquisas.
Beliar significa sem valor. O próprio Beliar nos diz no Evangelho de Bartolomeu que "Em primeiro lugar eu era chamado Satanel, que era interpretado como mensageiro de Deus, mas quando rejeitei a imagem de Deus, meu nome foi mudado para Satanás, que é o anjo que guarda o Inferno".
Angelologia
Ele não pode resistir a tentação de gabar-se, "Eu era o primeiro dos anjos". Miguel supostamente era o segundo, Gabriel o terceiro, Uriel o quarto e Rafael o quinto. O orgulho desse anjo era verdadeiro pois seus irmãos são conhecidos como Anjos da Vingança
Aqui vale dizer que quando um povo conquista outro, os deuses dos povos conquistados passam a serem considerados demônios pelos conquistadores, seus adoradores passam a ser pessoas sem valor ou filhos do demônio, seus costumes são denegridos ou distorcidos e seus lugares de adoração destruídos.
Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com
Nomes de Deus no judaísmo
O tetragrama em fenício (1100 a.C. até 300 d.C.), em aramaico (séc.10 a.C. até 0 ) e em hebraico moderno
O tetragrama
Dentro do judaísmo, o nome mais importante do Criador é o que conhecemos como tetragrama, nome dado às quatro letras que formam o nome da divindade. Este nome é em hebraico יהוה (YHWH), que de acordo com a tradição judaica é a terceira pessoa do imperfeito no singular do verbo ser . Esta teoria é baseada no Êxodo capítulo terceiro, versículo décimo-quarto, constitui a base do monoteísmo judaico-cristão.
Devido ao mandamento de não pronunciar o nome do criador em vão, desenvolveu-se entre os judeus um profundo sentimento de reverência para com esta palavra, de forma que a pronúncia correta tornou-se restrita, somente utilizado em ocasiões de extrema solenidade como no dia do Yom Kippur. Em outras ocasiões, pronunciava-se Adonai (meu Amo, meu Senhor) em lugar do nome do Criador. Com o tempo, esta pronúncia perdeu-se e qualquer tentativa de se estabelecer a pronúncia correta é sujeita a discussões diversas.
A forma reduzida do termo Yah é utilizada como prefixo e sufixo de diversos nomes hebraicos como Yehoshua (Yah no início: Yah + Hoshea), Yermeyahu (Yah no final + u), entre outros.
Adonai
A palavra Adonai vem do hebraico אֲדֹנָי, plural da palavra Adon (Senhor, Amo). Esta palavra era utilizada pelos fenícios para o deus pagão Tamuz e era o nome do deus grego Adônis. Os judeus utilizam esta palavra em relação a YHWH no lugar de pronunciar o tetragrama em orações e ocasiões solenes. Coloquialmente, utilizam a palavra HaShem (O Nome) para referir-se ao Criador.
Quando os massoretas adicionaram a pontuação vocálica ao texto das escrituras, as vogais de Adonai foram adicionadas ao tetragrama para que se fosse lembrado que deveria ser lido Adonai no lugar do tetragrama. Esta vocalização criou a palavra Yahowah.
Adonai (אדני em hebraico): significa "meu Senhor", ou "meus Senhores", como discutido adiante. É o título de superioridade utilizado para Deus na Bíblia Hebraica (ou Velho Testamento, segundo a terminologia cristã. Nenhum outro título aplicado a Deus é mais definitivo do que este.
Etimologicamente é o plural de Adoní ("meu senhor"), pela combinação de seu plural adoním e do sufixo do pronome possessivo, primeira pessoa do singular, resultando na forma Adonai.
Este plural foi sujeitado às várias explanações. Pode ser olhado como um abstractum do plural, e porque ele indicaria a grandeza e o ponto divino de Deus, como o Senhor dos Senhores.
Esta explanação tem o endosso dos gramáticos hebreus, que distinguem um virium do plural, ou do virtutum. Outros preferem designar este termo como o excellentiæ do plural, os magnitudinis, ou os majestatis do plural. Olhar para ele como um termo de polidez tal como o Sie alemão para o du. O pronome possessivo não tem não mais significado nesta palavra do que tem em Rabbi (meu mestre), em Monsieur, ou em Madonna.
Adonai é também o substituto perpétuo para o Tetragrama YHWH, nome divino que não deve ser pronunciado, segundo a tradição judaica. Desta forma, sempre da ocorrência do Tetragrama YHWH no texto bíblico, ler-se-á Adonai.
Contudo, isso tradicionalmente só se aplica no contexto da reza ou leitura pública do texto. Quando fora destes contextos, porém, costuma-se substituir YHWH pelo termo hebraico HaShem, que significa "O Nome".
Em português, Adonai é traduzido geralmente como Senhor.
Ehyeh-Asher-Ehyeh
O nome Ehyeh (hebraico: אֶהְיֶה) vem da frase אהיה אשר אהיה "ehyeh-asher-ehyeh" (Êxodo 3:14), geralmente traduzida como Eu sou o que sou.
EL
A palavra El aparece em diversas línguas semíticas como o fenício, aramaico e o acadiano. No hebraico אל significa originalmente acima , elevado, e é utilizado para deuses pagãos e para o Criador de Israel, geralmente sendo associado a atributos da divindade como em: El Elyon' ("O mais Elevado"), El Shaddai ("O Elevado Todo-Poderoso"), El Hai ("O Elevado Vivo"), El Ro'i ("O Elevado que Vê"), El Elohe Israel ("Elevado, o Elevado de Israel "), El Gibbor ("O Elevado Forte "). Também é utilizado como sufixo de nomes hebraicos como Gabriel, Daniel, Rafael e outros.
Em português, El e Elohim são geralmente traduzidos como Deus.
Elohim
Termo comum usado nas escrituras hebraicas, Elohim (em hebraico: אלהים) é o plural da palavra Eloah (אלוה), considerado pelos estudiosos judeus como plural majestático (pluralis majestatis) ou de excelência (pluralis excellentiæ), expressando grande dignidade, traduzindo-se por "Elevadíssimo".
Elohim (do hebraico אֱלוֹהִים , אלהים ) é a palavra hebraica utilizada designar divindades e poderes celestiais, em especial Deus no Tanakh e na Bíblia. Na Torá é o primeiro termo utilizado em relação a divindade, como consta no livro Bereshit/Gênesis: "No princípio criou Elohim aos céus e à terra". Consiste na palavra אלוה (Eloah), com o sufixo plural.
Estudiosos e gramáticos judeus e cristãos têm afirmado que a forma plural teria o sentido de plural majestático, ou seja, uma reafirmação do poder da divindade (algo como "Poderosissímo"), apesar de algumas ramificações cristãs reconhecerem aspectos trinitarianos no uso do termo.
Origens e uso do termo
Os estudos das origens da palavra Elohim são geralmente ligadas ao termo hebraico אל, que significa acima. A palavra אל era utilizada para designar ordinariamente as diversas divindades cananitas (comparar com o assírio Ilu), e deu origem ao termo Eloah (אלוה). Este termo, singular, que significa o acima ou deus, é comparativamente raro, ocorrendo somente em um período tardio na poesia e prosa judaica (em Jó, 41 vezes). Algumas outras teorias, conectam o termo Eloah ao verbo árabe alih (ficar perplexo, temer), fazendo com que Eloah signifique "objeto de temor e reverência".
Elohim é o plural do termo Eloah , mas usada em algumas vezes no sentido singular nas traduções e interpretações das Escrituras Judaico-Cristãs. Elohim literalmente significa os elevados (ou deuses), contudo é traduzido por deus ou Deus em certas condições de sintaxe.
Na grande maioria dos casos de uso, o termo se refere ao Deus Único de Israel. Têm-se afirmado que a forma plural teria o sentido de plural majestático (comparar com o uso plural de termos como baal (dono, senhor) e adon (amo, senhor)). Alguns deuses eram também chamados de Elohim, e as Escrituras utilizam tais termos em referência aos seres humanos e outros seres.
Nas Escrituras judaico-cristãs, o termo ocorre já na primeira sentença. A tradução padrão para Gênesis 1,1 é:
"No princípio criou Deus os céus e a terra".
Uma tradução literal da sentença é:
בְּרֵאשִׁית בָּרָא אֱלֹהִים אֵת הַשָּׁמַיִם וְאֵת הָאָרֶץ
"No princípio criou os Deuses os céus e a terra". Gênesis 1:1
Em hebraico transliterado:
"Bereshit bara Elohim et hashamayim ve'et ha'arets. Bereshit 1:1
O termo בָּרָא no caso está no singular. Caso estivesse no plural, o correto seria a adoção de בראו .
Controvérsias
Para algumas ramificações cristãs o significado da palavra "Elohim" (plural), demonstraria a presença do conceito de Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Segundo os trinitários esta palavra reflete também a pluralidade da Trindade que se mostra, por exemplo, na criação do homem, quando geralmente se traduz "façamos o Homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança." e "o Homem será um de Nós, sabendo do bem e do mal".
Em referência a outros seres
Alguns textos das Escrituras utilizam o termo Elohim em referência a outros seres, como o ser humano, denotando assim um ser humano com poder acima de outros seres humanos comuns. Encontra-se em Shemot (Êxodo) 4:16, quando O Eterno יהוה designa Moshê (Moisés) e Aharon (Arão) para irem ao encontro do Faraó.
O texto em português diz:
"E ele [Aharon] falará por ti [Moshê] ao povo; e acontecerá que ele [Aharon] te será por boca, e tu [Moshê] lhe serás por Deus ['Elohim']". Êxodo 4:16
No hebraico transliterado, o texto é:
"Vediber-hu lecha el-ha'am vehayah hu yihyeh-lecha lefeh ve'atah tihyeh-lo le'Elohim". Shemot 4:16
O mesmo exemplo acontece em Shemot (Êxodo) 7:1:
"Então disse O Eterno [Adonai] a Moshê: Eis que te tenho posto por Deus [Elohim] sobre Faraó, e Aharon, teu irmão, será o teu profeta". Êxodo 7:1
" Vayomer Adonay el-Moshe re'eh netaticha Elohim le-Far'oh ve'Aharon achicha yihyeh nevi'echa." Shemot 7:1
Nos Tehilim (Salmos) 82:6, também, a palavra אלהים (Elohim) aparece para designar aqueles a quem a Palavra do Eterno era dirigida.
HaShem
HaShem (no hebraico: השם) significa O Nome, e é utilizado durante as ocasiões normais da vida cotidiana, enquanto Adonai é utilizado no contexto religioso. Este termo não é bíblico, aparecendo a primera vez nos Rishonim (autoridades rabínicas medievais).
Yah
O nome Yah é composto das primeiras duas letras de YHWH. Aparece frequentemente em nomes hebraicos, tais como o do Profeta Elias. A expressao Aleluia ou Hallelujah, também é derivado deste, bem como o termo Jah do movimento Rastafári.
Títulos dados ao Criador
Avinu Malkenu- Pai Nosso, Rei Nosso
Boreh - O Criador
Elohei Avraham, Elohei Yitzchak ve Elohei Ya`aqov — "D-us de Abraão, D-us de Isaque e D-us de Jacó"
El ha-Gibbor — "D-us Forte".
Emet — "Verdade".
E'in Sof — "Infinito", nome cabalístico de D-us.
Ro'eh Yisrael — "Pastor de Israel".
Ha-Kaddosh, Baruch Hu — "O Santo, Bendito Ele".
Kaddosh Yisrael — "Santo de Israel".
Melech ha-Melachim — "O Rei dos Reis".
Magen Avraham — "Escudo de Abraão".
YHWH-Yireh (Yahweh-Yireh) — "YHWH provê" (Gênesis 22:13, 14).
YHWH-Rapha" — "YHWH cura" (Êxodo 15:26).
YHWH-Niss"i (Yahweh-Nissi) — "YHWH nossa bandeira" (Êxodo 17:8-15).
YHWH-Shalom — "YHWH, a nossa paz" (Juízes 6:24).
YHWH-Tzidkenu — "YHWH, nossa Justiça" (Jeremias 23:6).
YHWH-Shammah — "YHWH está presente" (Ezequiel 48:35).
Tzur Israel — "Rocha de Israel".
O uso dos termos D-us, Ad-nai e El-him
Devido ao terceiro mandamento (Não tomarás em vão o nome de YHWH), os judeus usam um apóstrofo nos nomes divinos mais sagrados, de forma a que o nome da divindade não venha a ser profanado por estar escrito em um objeto comum.
Kýrios, escrituras gregas
Apesar dos Evangelhos serem escrituras cristãs, estes foram escritos por judeus no primeiro século depois de Cristo. Já no final do primeiro século, começaram a substituir[carece de fontes?] o Tetragrama YHWH pela palavra em grego Kýrios, que tem um sentido idêntico a Adonai e também significa "Senhor". Por este motivo, o Tetragrama não é encontrado graficamente do texto do Novo Testamento em muitas versões da Bíblia hoje
Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com
Deus bíblico pode ser fusão de vários deuses pagãos, dizem especialistas
A afirmação pode soar desrespeitosa para judeus ou cristãos, mas não está muito longe da verdade: Javé, o Deus do Antigo Testamento, parece ter múltiplas personalidades. Para ser mais exato, especialistas que estudam os textos bíblicos, lêem antigas inscrições encontradas nos arredores de Israel ou escavam sítios arqueólogicos estão reconhecendo a influência conjunta de diversos deuses pagãos antigos no retrato de Javé traçado pela Bíblia.
A idéia não é demonstrar que o Deus bíblico não passa de mais um personagem da mitologia. Os pesquisadores querem apenas entender como elementos comuns à cultura do antigo Oriente Próximo, e principalmente da região onde hoje ficam o estado de Israel, os territórios palestinos, o Líbano e a Síria, contribuíram para as idéias que os antigos israelitas tinham sobre os seres divinos. As conclusões ainda são preliminares, mas há bons indícios de que Javé é uma fusão entre um deus idoso e paternal e um jovem deus guerreiro, com pitadas de outras divindades – uma delas do sexo feminino.
O deus cananeu El, retratado como um pai sábio e idoso, foi muito importante nos primórdios da religião israelita
O ponto de partida dessas análises é o fundo cultural comum entre o antigo povo de Israel e seus vizinhos e adversários, os cananeus (moradores da terra de Canaã, como era chamada a região entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo em tempos antigos). A Bíblia retrata os israelitas como um povo quase totalmente distinto dos cananeus, mas os dados arqueólogicos revelam profundas semelhanças de língua, costumes e cultura material – a língua de Canaã, por exemplo, era só um dialeto um pouco diferente do hebraico bíblico.
Memórias de Ugarit
Os cananeus não deixaram para trás uma herança literária tão rica quanto a Bíblia. No entanto, poucos quilômetros ao norte de Canaã, na atual Síria, ficava a cidade-Estado de Ugarit, cuja língua e cultura eram praticamente idênticas às de seus primos do sul. Ugarit foi destruída por invasores bárbaros em 1200 a.C., mas os arqueólogos recuperaram numerosas inscrições da cidade, nas quais dá para entrever uma mitologia que apresenta semelhanças (e diferenças) impressionantes com as narrativas da Bíblia. “Por isso, Ugarit é uma parte importante do fundo cultural que, mais tarde, daria origem às tribos de Israel”, resume Christine Hayes, professora de estudos clássicos judaicos da Universidade Yale (EUA).
Uma das figuras mais proeminentes nesses textos é El – nome que quer dizer simplesmente “deus” nas antigas línguas da região, mas que também se refere a uma divindade específica, o patriarca, ou chefe de família, dos deuses. “Patriarca” é a palavra-chave: o El de Ugarit tem paralelos muito específicos com a figura de Deus durante o período patriarcal, retratado no livro do Gênesis e personificado pelos ancestrais dos israelitas: Abraão, Isaac e Jacó.
Nesses textos da Bíblia há, por exemplo, referências a El Shadday (literalmente “El da Montanha”, embora a expressão normalmente seja traduzida como “Deus Todo-Poderoso”), El Elyon (“Deus Altíssimo”) e El Olam (“Deus Eterno”). O curioso é que, na mitologia ugarítica, El também é imaginado vivendo no alto de uma montanha e visto como um ancião sábio, de vida eterna.
Tal como os patriarcas bíblicos, El é uma espécie de nômade, vivendo numa versão divina da tenda dos beduínos; e, mais importante ainda, El tem uma relação especial com os chefes dos clãs, tal como Abraão, Isaac e Jacó: eles os protege e lhes promete uma descendência numerosa. Ora, a maior parte do livro do Gênesis é o relato da amizade de Deus com os patriarcas israelitas, guiando suas migrações e fazendo a promessa solene de transformar a descendência deles num povo “mais numeroso que as estrelas do céu”.
Israel ou “Israías”?
Outros dados, mais circunstanciais, traçam outros elos entre o Deus do Gênesis e El: num dos trechos aparentemente mais antigos do livro bíblico, Deus é chamado pelo epíteto poético de “Touro de Jacó” (frase às vezes traduzida como “Poderoso de Jacó”), enquanto a mitologia ugarítica compara El freqüentemente a um touro. Finalmente, o próprio nome do povo escolhido – Israel, originalmente dado como alcunha ao patriarca Jacó – carrega o elemento “-el”, lembra Airton José da Silva, professor de Antigo Testamento do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP).
“É o nome do deus cananeu, mais um indício de que Israel surge dentro de Canaã, por um processo gradual”, diz Silva. Ele argumenta que, se Javé fosse desde sempre a divindade dos israelitas, o nome desse povo seria “Israías”. Isso porque o elemento adaptado como “-ías” em português (algo como -yahu) era, em hebraico, uma forma contrata do nome “Javé”. Curiosamente, o elemento se torna dominante nos chamados nomes teofóricos (ligados a uma divindade) dados a israelitas no período da monarquia, a partir dos séculos 10 a.C. e 9 a.C.
E esse nome (provavelmente Yahweh em hebraico; a sonoridade original foi obscurecida pelo costume de não pronunciar a palavra por respeito) é um enigma e tanto. As tradições bíblicas são um tanto contraditórias, mas pelo menos uma fonte das Escrituras afirma que Javé só deu a conhecer seu verdadeiro nome aos israelitas quando convocou Moisés para ser seu profeta e arrancar os descendentes de Jacó da escravidão no Egito. (A Moisés, Deus diz que apareceu a Abraão, Isaac e Jacó como “El Shadday”.) O problema é que ninguém sabe qual a origem de Javé, o qual nunca parece ter sido uma divindade cananéia, exatamente como diz o autor bíblico.
Senhor do deserto
A esmagadora maioria dos arqueólogos e historiadores modernos não coloca suas fichas no Êxodo maciço de 600 mil israelitas (sem contar mulheres e crianças) do Egito, por dois motivos: a semelhança entre Israel e os cananeus e a falta de qualquer indício direto da fuga. Mas muitos supõem que um pequeno componente dos grupos que se juntaram para formar a nação israelita tenha sido formado por adoradores de Javé, que acabaram popularizando o culto. Quem seriam esses primeiros javistas? Uma pista pode vir de alguns documentos egípcios, que os chamam de Shasu – algo como “nômades” ou “beduínos”.
“Duas ou três inscrições egípcias mencionam um lugar chamado ‘Yhwh dos Shasu’, o que, para alguns especialistas, parece ser ‘Javé dos Shasu’. Talvez sim, talvez não. Não temos como saber ao certo”, diz Mark S. Smith, pesquisador da Universidade de Nova York e autor do livro “The Early History of God” (“A História Antiga de Deus”, ainda sem tradução para o português).
“É menos provável que o culto a Javé venha de dentro da Palestina e da Síria, e um pouco mais plausível que ele tenha se originado em certas regiões da Arábia”, diz Airton da Silva. Mark Smith lembra que algumas das passagens poéticas consideradas as mais antigas da Bíblia – nos livros dos Juízes e nos Salmos, por exemplo – referem-se ao “lar” de Javé em locais denominados “Teiman” ou “Paran”. Aparentemente, são áreas desérticas, apropriadas para a vida de nomadismo. “Muitos especialistas localizam essa região no que seria o noroeste da atual Arábia Saudita, ao sul da antiga Judá [parte mais meridional dos territórios israelitas]”, diz Smith
Guerreiro divino
Seja como for, quando Javé entra em cena com seu “nome oficial” durante o Êxodo bíblico, a impressão que se tem é que ele já absorveu boa parte das características de um outro deus cananeu: Baal (literalmente “senhor”, “mestre” e, em certos contextos, até “marido”), um guerreiro jovem e impetuoso que acabou assumindo, na mitologia de Ugarit e da Fenícia (atual Líbano), o papel de comando que era de El.
Indícios dessa nova “personalidade” de Deus surgem no fato de que, pela primeira vez na narrativa bíblica, Javé é visto como um guerreiro, destruindo os “carros de guerra e cavaleiros” do Faraó e, mais tarde, guiando as tribos de Israel à vitória durante a conquista da terra de Canaã. Tal como Baal, Javé é descrita como “cavalgando as nuvens” e “trovejando”. E, mais importante ainda, uma série de textos bíblicos falam de Deus impondo sua vontade contra os mares impetuosos (como no caso do Mar Vermelho, em que as águas engolem o exército egípcio por ordem divina) ou derrotando monstros marinhos.
Há aí uma série de semelhanças com a mitologia cananéia sobre Baal, o qual derrotou em combate o deus-monstro marinho Yamm (o nome quer dizer simplesmente “mar” em hebraico) ou “o Rio” personificado. Na mitologia do Oriente Próximo, as águas marinhas eram vistas como símbolos do caos primitivo, e por isso tinham de ser derrotadas e domadas pelos deuses.
Javé também é associado à chuva e à fertilidade da terra pelos antigos autores bíblicos – atributos que aparecem entre as funções de Baal. Há, porém, uma diferença importante entre os dois deuses: outra narrativa de Ugarit fala do assassinato de Baal pelas mãos de Mot, o deus da morte, e da ressurreição do jovem guerreiro – provavelmente uma representação mítica do ciclo das estações do ano, essencial para a agricultura, já que Baal era um deus que abençoava a lavoura.
O lado guerreiro de Javé é talvez o mais difícil de aceitar para a sensibilidade moderna: quando os israelitas realizam a conquista da terra de Canaã, a ordem dada por Deus é de simplesmente exterminar todos os habitantes, e às vezes até os animais (embora, em alguns casos, os homens de Israel recebam permissão para transformar as mulheres do inimigo em concubinas
Textos de outra nação da área, os moabitas (habitantes de Moab, a leste do Jordão) ajudam a lançar luz sobre esse costume aparentemente bárbaro. Um monumento de pedra conhecido como a estela de Mesa (nome de um rei de Moab em meados do século 9 a.C.) fala, ironicamente, de uma guerra de Mesa com Israel na qual o rei moabita, por ordem de seu deus, Chemosh, decreta o herem, ou “interdito”. E o herem nada mais é que a execução de todos os prisioneiros inimigos como um ato sagrado. Tratava-se, portanto, de um elemento cultural de toda a região.
Lado feminino
Se a “múltipla personalidade” de Javé pode ser basicamente descrita como uma combinação de El e Baal, há uma influência mais sutil, mas também perceptível, de um elemento feminino: a deusa da fertilidade Asherah, originalmente a esposa de Baal na mitologia cananéia. Normalmente, Deus se comporta de forma masculina na Bíblia, e a linguagem utilizada para falar de sua relação com os israelitas é, muitas vezes, a de um marido (Deus) e a esposa (o povo de Israel). Mas o livro bíblico dos Provérbios, bem como alguns outras fontes israelitas, apresenta a figura da Sabedoria personificada, uma espécie de “auxiliar” ou “primeira criatura” de Deus que o teria auxiliado na obra da criação do mundo.
Segundo o texto dos Provérbios, Deus “se deleita” com a Sabedoria e a usa para inspirar atos sábios nos seres humanos. Para muitos pesquisadores, a figura da Sabedoria incorpora aspectos da antiga Asherah na maneira como os antigos israelitas viam Deus, criando uma espécie de tensão: embora o próprio Deus não seja descrito como feminino, haveria uma complementaridade entre ele e sua principal auxiliar.
Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com
A idéia não é demonstrar que o Deus bíblico não passa de mais um personagem da mitologia. Os pesquisadores querem apenas entender como elementos comuns à cultura do antigo Oriente Próximo, e principalmente da região onde hoje ficam o estado de Israel, os territórios palestinos, o Líbano e a Síria, contribuíram para as idéias que os antigos israelitas tinham sobre os seres divinos. As conclusões ainda são preliminares, mas há bons indícios de que Javé é uma fusão entre um deus idoso e paternal e um jovem deus guerreiro, com pitadas de outras divindades – uma delas do sexo feminino.
O deus cananeu El, retratado como um pai sábio e idoso, foi muito importante nos primórdios da religião israelita
O ponto de partida dessas análises é o fundo cultural comum entre o antigo povo de Israel e seus vizinhos e adversários, os cananeus (moradores da terra de Canaã, como era chamada a região entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo em tempos antigos). A Bíblia retrata os israelitas como um povo quase totalmente distinto dos cananeus, mas os dados arqueólogicos revelam profundas semelhanças de língua, costumes e cultura material – a língua de Canaã, por exemplo, era só um dialeto um pouco diferente do hebraico bíblico.
Memórias de Ugarit
Os cananeus não deixaram para trás uma herança literária tão rica quanto a Bíblia. No entanto, poucos quilômetros ao norte de Canaã, na atual Síria, ficava a cidade-Estado de Ugarit, cuja língua e cultura eram praticamente idênticas às de seus primos do sul. Ugarit foi destruída por invasores bárbaros em 1200 a.C., mas os arqueólogos recuperaram numerosas inscrições da cidade, nas quais dá para entrever uma mitologia que apresenta semelhanças (e diferenças) impressionantes com as narrativas da Bíblia. “Por isso, Ugarit é uma parte importante do fundo cultural que, mais tarde, daria origem às tribos de Israel”, resume Christine Hayes, professora de estudos clássicos judaicos da Universidade Yale (EUA).
Uma das figuras mais proeminentes nesses textos é El – nome que quer dizer simplesmente “deus” nas antigas línguas da região, mas que também se refere a uma divindade específica, o patriarca, ou chefe de família, dos deuses. “Patriarca” é a palavra-chave: o El de Ugarit tem paralelos muito específicos com a figura de Deus durante o período patriarcal, retratado no livro do Gênesis e personificado pelos ancestrais dos israelitas: Abraão, Isaac e Jacó.
Nesses textos da Bíblia há, por exemplo, referências a El Shadday (literalmente “El da Montanha”, embora a expressão normalmente seja traduzida como “Deus Todo-Poderoso”), El Elyon (“Deus Altíssimo”) e El Olam (“Deus Eterno”). O curioso é que, na mitologia ugarítica, El também é imaginado vivendo no alto de uma montanha e visto como um ancião sábio, de vida eterna.
Tal como os patriarcas bíblicos, El é uma espécie de nômade, vivendo numa versão divina da tenda dos beduínos; e, mais importante ainda, El tem uma relação especial com os chefes dos clãs, tal como Abraão, Isaac e Jacó: eles os protege e lhes promete uma descendência numerosa. Ora, a maior parte do livro do Gênesis é o relato da amizade de Deus com os patriarcas israelitas, guiando suas migrações e fazendo a promessa solene de transformar a descendência deles num povo “mais numeroso que as estrelas do céu”.
Israel ou “Israías”?
Outros dados, mais circunstanciais, traçam outros elos entre o Deus do Gênesis e El: num dos trechos aparentemente mais antigos do livro bíblico, Deus é chamado pelo epíteto poético de “Touro de Jacó” (frase às vezes traduzida como “Poderoso de Jacó”), enquanto a mitologia ugarítica compara El freqüentemente a um touro. Finalmente, o próprio nome do povo escolhido – Israel, originalmente dado como alcunha ao patriarca Jacó – carrega o elemento “-el”, lembra Airton José da Silva, professor de Antigo Testamento do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP).
“É o nome do deus cananeu, mais um indício de que Israel surge dentro de Canaã, por um processo gradual”, diz Silva. Ele argumenta que, se Javé fosse desde sempre a divindade dos israelitas, o nome desse povo seria “Israías”. Isso porque o elemento adaptado como “-ías” em português (algo como -yahu) era, em hebraico, uma forma contrata do nome “Javé”. Curiosamente, o elemento se torna dominante nos chamados nomes teofóricos (ligados a uma divindade) dados a israelitas no período da monarquia, a partir dos séculos 10 a.C. e 9 a.C.
E esse nome (provavelmente Yahweh em hebraico; a sonoridade original foi obscurecida pelo costume de não pronunciar a palavra por respeito) é um enigma e tanto. As tradições bíblicas são um tanto contraditórias, mas pelo menos uma fonte das Escrituras afirma que Javé só deu a conhecer seu verdadeiro nome aos israelitas quando convocou Moisés para ser seu profeta e arrancar os descendentes de Jacó da escravidão no Egito. (A Moisés, Deus diz que apareceu a Abraão, Isaac e Jacó como “El Shadday”.) O problema é que ninguém sabe qual a origem de Javé, o qual nunca parece ter sido uma divindade cananéia, exatamente como diz o autor bíblico.
Senhor do deserto
A esmagadora maioria dos arqueólogos e historiadores modernos não coloca suas fichas no Êxodo maciço de 600 mil israelitas (sem contar mulheres e crianças) do Egito, por dois motivos: a semelhança entre Israel e os cananeus e a falta de qualquer indício direto da fuga. Mas muitos supõem que um pequeno componente dos grupos que se juntaram para formar a nação israelita tenha sido formado por adoradores de Javé, que acabaram popularizando o culto. Quem seriam esses primeiros javistas? Uma pista pode vir de alguns documentos egípcios, que os chamam de Shasu – algo como “nômades” ou “beduínos”.
“Duas ou três inscrições egípcias mencionam um lugar chamado ‘Yhwh dos Shasu’, o que, para alguns especialistas, parece ser ‘Javé dos Shasu’. Talvez sim, talvez não. Não temos como saber ao certo”, diz Mark S. Smith, pesquisador da Universidade de Nova York e autor do livro “The Early History of God” (“A História Antiga de Deus”, ainda sem tradução para o português).
“É menos provável que o culto a Javé venha de dentro da Palestina e da Síria, e um pouco mais plausível que ele tenha se originado em certas regiões da Arábia”, diz Airton da Silva. Mark Smith lembra que algumas das passagens poéticas consideradas as mais antigas da Bíblia – nos livros dos Juízes e nos Salmos, por exemplo – referem-se ao “lar” de Javé em locais denominados “Teiman” ou “Paran”. Aparentemente, são áreas desérticas, apropriadas para a vida de nomadismo. “Muitos especialistas localizam essa região no que seria o noroeste da atual Arábia Saudita, ao sul da antiga Judá [parte mais meridional dos territórios israelitas]”, diz Smith
Guerreiro divino
Seja como for, quando Javé entra em cena com seu “nome oficial” durante o Êxodo bíblico, a impressão que se tem é que ele já absorveu boa parte das características de um outro deus cananeu: Baal (literalmente “senhor”, “mestre” e, em certos contextos, até “marido”), um guerreiro jovem e impetuoso que acabou assumindo, na mitologia de Ugarit e da Fenícia (atual Líbano), o papel de comando que era de El.
Indícios dessa nova “personalidade” de Deus surgem no fato de que, pela primeira vez na narrativa bíblica, Javé é visto como um guerreiro, destruindo os “carros de guerra e cavaleiros” do Faraó e, mais tarde, guiando as tribos de Israel à vitória durante a conquista da terra de Canaã. Tal como Baal, Javé é descrita como “cavalgando as nuvens” e “trovejando”. E, mais importante ainda, uma série de textos bíblicos falam de Deus impondo sua vontade contra os mares impetuosos (como no caso do Mar Vermelho, em que as águas engolem o exército egípcio por ordem divina) ou derrotando monstros marinhos.
Há aí uma série de semelhanças com a mitologia cananéia sobre Baal, o qual derrotou em combate o deus-monstro marinho Yamm (o nome quer dizer simplesmente “mar” em hebraico) ou “o Rio” personificado. Na mitologia do Oriente Próximo, as águas marinhas eram vistas como símbolos do caos primitivo, e por isso tinham de ser derrotadas e domadas pelos deuses.
Javé também é associado à chuva e à fertilidade da terra pelos antigos autores bíblicos – atributos que aparecem entre as funções de Baal. Há, porém, uma diferença importante entre os dois deuses: outra narrativa de Ugarit fala do assassinato de Baal pelas mãos de Mot, o deus da morte, e da ressurreição do jovem guerreiro – provavelmente uma representação mítica do ciclo das estações do ano, essencial para a agricultura, já que Baal era um deus que abençoava a lavoura.
O lado guerreiro de Javé é talvez o mais difícil de aceitar para a sensibilidade moderna: quando os israelitas realizam a conquista da terra de Canaã, a ordem dada por Deus é de simplesmente exterminar todos os habitantes, e às vezes até os animais (embora, em alguns casos, os homens de Israel recebam permissão para transformar as mulheres do inimigo em concubinas
Textos de outra nação da área, os moabitas (habitantes de Moab, a leste do Jordão) ajudam a lançar luz sobre esse costume aparentemente bárbaro. Um monumento de pedra conhecido como a estela de Mesa (nome de um rei de Moab em meados do século 9 a.C.) fala, ironicamente, de uma guerra de Mesa com Israel na qual o rei moabita, por ordem de seu deus, Chemosh, decreta o herem, ou “interdito”. E o herem nada mais é que a execução de todos os prisioneiros inimigos como um ato sagrado. Tratava-se, portanto, de um elemento cultural de toda a região.
Lado feminino
Se a “múltipla personalidade” de Javé pode ser basicamente descrita como uma combinação de El e Baal, há uma influência mais sutil, mas também perceptível, de um elemento feminino: a deusa da fertilidade Asherah, originalmente a esposa de Baal na mitologia cananéia. Normalmente, Deus se comporta de forma masculina na Bíblia, e a linguagem utilizada para falar de sua relação com os israelitas é, muitas vezes, a de um marido (Deus) e a esposa (o povo de Israel). Mas o livro bíblico dos Provérbios, bem como alguns outras fontes israelitas, apresenta a figura da Sabedoria personificada, uma espécie de “auxiliar” ou “primeira criatura” de Deus que o teria auxiliado na obra da criação do mundo.
Segundo o texto dos Provérbios, Deus “se deleita” com a Sabedoria e a usa para inspirar atos sábios nos seres humanos. Para muitos pesquisadores, a figura da Sabedoria incorpora aspectos da antiga Asherah na maneira como os antigos israelitas viam Deus, criando uma espécie de tensão: embora o próprio Deus não seja descrito como feminino, haveria uma complementaridade entre ele e sua principal auxiliar.
Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística,Taróloga, Cabalista, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.
E-MAIL: arcanjo.azul@hotmail.com
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